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América Latina e África são destaques no Fórum Econômico
Da AFP
26/01/2007 | 13:26
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A América Latina e África foram destaques desta sexta-feira no terceiro dia do Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso no encerramento, falou sobre a necessidade de se chegar a um acordo na Rodada de Doha e o colega mexicano, Felipe Calderón, fez sua primeira apresentação à comunidade internacional.

Lula insistiu em seu compromisso de lutar contra a pobreza pedindo à Europa e aos Estados Unidos que façam concessões para chegar a um acordo comercial na Rodada de Doha que será novamente discutida neste sábado. Ele deu o Brasil como exemplo de esperança de desenvolvimento aos países mais pobres.

"Se quisermos enviar um sinal às nações menos favorecidas de que terão uma oportunidade no século XXI, os Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, os países mais importantes, devem assumir a responsabilidade de firmar esse acordo", afirmou.

"A Rodada de Doha pode ser o caminho da esperança de milhões de seres humanos que aguardam um gesto nosso, porque só se pode acabar com a pobreza caso os países se desenvolvam", acrescentou.

As declarações do presidente brasileiro foram feitas um dia antes de uma reunião ministerial de trinta países da OMC (Organização Mundial do Comércio) em Davos. As nações irão retomar as negociações da Rodada de Doha para a liberação comercial internacional, suspensas em julho de 2006 depois de seis anos de trabalhos.

Para acabar com a pobreza, Lula apelou também aos investidores estrangeiros, sobretudo aos EUA, para que sigam o exemplo da utilização de biodiesel no Brasil e financiem a produção deste combustível na América Central e na África, incentivando assim o desenvolvimento de energia limpa.

A gestão de Lula, que participa do encontro em Davos pela terceira vez, foi elogiada pelo fundador do Fórum Econômico Mundial, Karl Schwab, que considerou o país "um modelo" por suas políticas econômicas e um exemplo de "integração na economia mundial com rosto humano".

O novo presidente mexicano, Felipe Calderón, se apresentará pela primeira vez à comunidade internacional na tarde desta sexta, quando também se encontrará com Lula.

África – O continente é objeto de discussão neste terceiro dia de Fórum. O presidente sul-africano, Thabo Mbeki, e o colega da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, junto com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o cantor irlandês, Bono Vox, analisarão maneiras de atenuar a pobreza no continente.

O fundador da Microsoft, Bill Gates, contribuiu para o debate sobre o mundo em desenvolvimento ao falar sobre o programa de imunização mundial que financia através de sua fundação.

Gates garantiu que a vacinação alcançou os maiores níveis da história nos países em desenvolvimento, e que foram salvas as vidas de 2,3 milhões de crianças. A GAVI (Aliança Mundial para as Vacinas e Imunização) já imunizou 138 milhões de crianças contra várias doenças desde que foi criada, em 2003.

"Quando criamos a GAVI, os níveis de imunização nos países pobres estavam caindo. Hoje estão mais altos do que nunca", afirmou Melinda Gates, co-fundadora da instituição que já doou US$ 1,5 bilhão à GAVI.

No domingo se encerra o encontro anual que reúne a elite empresarial mundial - que vem a Davos para ampliar seus negócios em um ambiente discreto - e dirigentes do mundo todo dispostos a promover diversas iniciativas.




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