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Reali mira Brasília para recuperar fôlego

Pré-candidato a deputado federal, ex-prefeito de Diadema desconversa sobre retorno em 2016

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
01/06/2014 | 07:58
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Celso Luiz/DGABC


Ex-prefeito de Diadema, Mário Reali (PT) está se preparando para voltar às urnas em outubro, quando disputará vaga de deputado federal. Derrotado na disputa pela reeleição ao Paço diademense em 2012, o desempenho eleitoral de Reali será fundamental para seus projetos políticos futuros, inclusive a possibilidade de voltar a disputar a chefia do Executivo em 2016.

Funcionário de carreira na Capital, trabalhando como arquiteto, ele vai se licenciar do posto neste mês para se dedicar exclusivamente à campanha. Atualmente, comanda o diretório petista local, mas a condição de mandatário da sigla não assegurou a adesão dos correligionários em seu projeto de retomar a vida pública.

Dos seis representantes do PT na Câmara apenas Lílian Cabrera apoia formalmente sua empreitada eleitoral. Pré-candidato a deputado estadual, José Antônio vai fazer dobrada com o ex-chefe do Executivo, contudo pode dividir suporte com outros postulantes a uma vaga na Câmara dos Deputados.

O cenário desfavorável influenciou o projeto político de Reali, que almejava disputar assento na Assembleia Legislativa, onde atuou entre 2003 e 2008, quando foi eleito prefeito de Diadema.

A empreitada encontrou resistência no PT, principalmente da ala ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Com isso, o petista inverteu a chapa com Zé Antônio e terá como principal adversário em Diadema o ex-secretário de Obras Márcio da Farmácia (PV), apoiado pelo prefeito Lauro Michels (PV), que derrotou o petista nas urnas há dois anos.

Reali espera assumir na Câmara o posto que era ocupado pelo ex-chefe do Executivo diademense e atual secretário de Saúde da Capital, José de Filippi Júnior, que em 2010 foi eleito com 149.525 votos.

Na disputa pela manutenção do mandato de prefeito em 2012, Reali registrou 94.963 adesões. “Eu estou tentando entrar nesse vácuo eleitoral. O Filippi está me ajudando, principalmente nas cidades fora de São Paulo”, revelou o pré-candidato.

Reali tem ciência de que precisa ser eleito deputado federal para disputar novamente a Prefeitura em 2016, porém evita falar sobre o assunto. “Tenho a intenção real de ser deputado. Não vou dizer que serei candidato (daqui a dois anos), porque não é esse o objetivo agora”, despistou.

TERCEIRO TURNO
O embate nas urnas entre Reali e Márcio da Farmácia pela preferência do eleitorado diademense é visto, nos bastidores políticos, como nova amostra do terceiro turno eleitoral entre o petista e Lauro Michels.

Ao comentar os 18 meses de gestão verde no município, Reali não poupou as críticas ao adversário. “Esse governo está mostrando o resultado da falta de ação. O Lauro não entende de política pública. Ele pensa numa parcela da cidade”, criticou o ex-prefeito.

Para o petista, o principal ponto negativo do governo verde foi o fim da participação popular, marca registrada das administrações do PT no Paço. “Nós tínhamos o Orçamento Participativo, coisa que não existe mais”, afirmou.

Esta é a quarta reportagem que mostra onde atuam e qual o futuro político dos ex-prefeitos da região.




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