A Grã-Bretanha entregou neste domingo o controle da província petroleira de Basra às autoridades iraquianas, pondo fim a sua intervenção no sul do Iraque depois de uma ocupação considerada negativa por inúmeros habitantes da região e abrindo caminho para uma redução das tropas britânicas.
O governador da província, Mohammed al Waili, assinou um protocolo de acordo nesse sentido com o general Graham Binns, que preside a divisão multinacional Sudeste.
A entrega de autoridade significa a última etapa da saída das forças militares mobilizadas nesta região fronteiriça com o Irã e Kuwait desde a guerra de março-abril de 2003.
Responsabilidade- "A segurança de Basra agora está nas mãos dos iraquianos", anunciou Muaffak al Rubai, conselheiro iraquiano para a segurança nacional, no início da cerimônia, realizada na base britânica do aeroporto de Basra, na entrada da grande cidade portuária.
"A manutenção da segurança é de nossas mais importantes responsabilidades", enfatizou al Rubai, depois de reiterar o monopólio nesse campo das forças de segurança do governo central.
"As armas devem ficar nas mãos do governo. Todas as outras armas são ilegais", insistiu.
"Gostaria de mencionar particularmente a responsabilidade do governador de Basra, que é o primeiro responsável pela segurança nesta região", afirmou ainda.
O governador Al-Waili respondeu dizendo que está decidido a aplicar a lei para garantir a segurança dos habitantes da cidade.
"Estamos prontos para nos opor a quem tentar sabotar a segurança de Basra", enfatizou.
"É uma vitória para o Iraque e uma derrota para o terrorismo", acrescentou Rubai, que representava o primeiro-ministro Nuri al-Maliki.
Ocupação- Basra é a última das quatro províncias mais meridionais do país que passa para controle dos iraquianos depois que os britânicos devolveram o controle de Muthanna, Zi Qar e Misan.
"A Grã-Bretanha continuará desempenhando um papel, mas será de apoio, não de direção, e os soldados diminuirão para 2.500 nos próximos seis meses", indicou o porta-voz britânico John Wilkes.
Um contingente de menos de cinco mil soldados britânicos está posicionada no aeroporto de Basra e sua redução para 2.500 no início do próximo ano já havia sido anunciada.
"As forças britânicas continuarão com sua missão de treinamento das forças iraquianas e garantindo a segurança dos eixos de abastecimento e das fronteiras", acrescentou John Wilkes.
"Vamos nos concentrar no desenvolvimento econômico, mas, apesar disso, estaremos prontos para intervir militarmente quando nos pedirem e se for necessário", concluiu.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.