O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), retorna hoje das férias para, apesar de não declarar publicamente, retomar as discussões sobre quem será seu vice na chapa em busca da reeleição e para encerrar as negociações com partidos que irão compor o arco de aliança para o pleito de 2012.

Além da tarefa eleitoral, Marinho começará a preparar a reforma no primeiro escalão, já que três secretários deixarão a administração para disputar assento na Câmara em outubro.

O retorno do prefeito é providencial já que nenhuma decisão do PT é tomada sem seu aval. "Ele que vai tomar essa decisão (de escolher o vice). Nós vamos ajudá-lo nesse processo", afirmou o presidente petista em São Bernardo, Wanderley Salatiel. Entretanto, o dirigente partidário avalia que a definição do vice não sairá antes de junho.

Antes de sair de férias, no fim do ano passado, Marinho declarou que nenhuma novidade iria acontecer até março. Mas as movimentações políticas começam a se intensificar no município. Enquanto PSDB e PPS não decidem se farão aliança no primeiro turno ou lançarão candidaturas distintas, PMDB e PSB ensaiam aproximação.

O prefeito ainda não tem agenda definida para os primeiros dias após as férias. Mas algumas reuniões já estão traçadas. O chefe do Executivo vai se reunir em fevereiro com o presidente municipal do PSB, Luís Carlos Heredia, para tentar garantir a legenda no bloco governista. "Recebemos o convite do PT e vamos dialogar. Estamos num momento de ouvir os partidos, o que é natural", disse Heredia.

O posto de vice de Marinho está em aberto desde que Frank Aguiar (PTB) anunciou sua desistência em disputar o pleito, alegando necessidade de mais tempo para a família e a carreira artística. Embora o presidente estadual do PTB, deputado Campos Machado, exalte a manutenção do partido com o posto, Marinho já declarou que, sem o forrozeiro, a vaga está aberta.

MUDANÇA NO COMANDO

Além de tentar a reeleição, Marinho também quer aumentar a representatividade governista na Câmara. Por conta disso, os secretários de Obras, José Cloves da Silva (PT), de Esportes, José Luiz Ferrarezi (PT), e de Gestão Ambiental, Giba Marson (PTB), vão aumentar a concorrência por uma cadeira no Legislativo.

Com a saída de integrantes do primeiro escalão, o prefeito terá de pensar em nomes substitutos. O secretário de Governo, Maurício Soares (PT), avalia que ainda é cedo para falar em mudança no comando das pastas. "Por enquanto não podemos falar que esse ou aquele vai deixar a secretaria."

De acordo com a legislação eleitoral, secretários com cargo executivo são obrigados a se desligar de seus postos até 31 de março.