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Duas cidades criam dezenas de bandas
Nelson Albuquerque
Do Diário do Grande ABC
07/06/2003 | 16:24
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Bandas sempre foram grandes formadoras de músicos e reveladoras de talentos. Atualmente, além dessas funções, elas exercem importante papel de responsabilidade social ao trabalhar com crianças e adolescentes. A boa novidade deste ano, em duas cidades do Grande ABC, é a criação de fanfarras em dezenas de escolas.

São Bernardo planeja resgatar os concursos de fanfarras e, para colocar a proposta em prática, a Secretaria de Educação e Cultura repassou verba para as APMs (Associações de Pais e Mestres) comprarem instrumentos. Segundo a assessoria de imprensa da cidade, até o momento 14 escolas da rede municipal já aderiram ao projeto e os grupos devem entrar em atividade ainda neste ano. “Enquanto o jovem participa dos ensaios, está fora das ruas e ainda pode descobrir sua vocação musical”, afirma o secretário de Cultura Admir Ferro.

Para possibilitar a aplicação do projeto, a Prefeitura precisou realizar um curso de formação de instrutores de fanfarra. “Esse é um profissional raro”, diz o secretário. Participaram 81 pessoas, entre os meses de fevereiro e abril deste ano. Das antigas bandas de São Bernardo surgiram músicos como Bocato e Cláudio Faria.

São Bernardo tem também vagas para sua Banda Mirim, criada em 2001. O conjunto está em formação, com 20 alunos recebendo aulas teóricas e práticas. Os interessados, entre 7 e 11 anos, devem procurar o Departamento de Ações Culturais (tel.: 4123-8083).

Mais fanfarras - Em São Caetano, a Prefeitura doou 45 instrumentos para cada uma das 21 escolas estaduais do município formarem suas fanfarras. Alunos entre 7 e 14 anos já iniciaram as aulas em abril e, no próximo aniversário da cidade (28 de julho), haverá a primeira apresentação.

No total serão formadas 21 fanfarras: nove mirins e 12 infantis. O projeto envolve cerca de 1,3 mil crianças, que ensaiam fora do horário de aula. “É um projeto totalmente de responsabilidade social. Não visa à qualidade musical, mas à qualidade organizacional”, diz um dos professores que coordenam o projeto, Carlos Alberto Ferreira.

Além dos alunos que assumem os instrumentos, cada fanfarra terá sua comissão de frente com 20 integrantes. Oito coreógrafas, coordenadas pela Fundação das Artes, treinam as meninas. Os fardamentos e as bandeiras dos grupos devem ser adquiridos por meio de patrocínios da iniciativa privada.




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