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Com baixa adesão, vacina contra gripe termina sexta

Cobertura entre idosos, crianças e profissionais da saúde se mantém abaixo da meta estadual, com 59,3% de imunizados

Joyce Cunha
21/06/2022 | 09:43
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André Henriques/DGABC


A campanha de vacinação contra a Influenza termina nesta sexta-feira em todo o Estado. Na reta final da mobilização, a região permanece longe de atingir a cobertura vacinal estabelecida pela Secretaria de Saúde estadual, de 90% de imunização dos públicos-alvo. De acordo com dados das prefeituras do Grande ABC, entre os três maiores grupos prioritários, que são moradores acima de 60 anos; crianças com idade entre 6 meses e menores de 5 anos; e profissionais da saúde, foram imunizadas 394.751 pessoas, número que representa 59,31% do total de 665.521 moradores. Os dados não incluem Rio Grande da Serra, que não respondeu aos questionamentos do Diário.

A população acima dos 60 anos representa a maior adesão à campanha nos seis municípios. Dos 432,183 moradores do grupo, 65,1%, ou seja, 281.476 pessoas, estão imunizadas contra a influenza. Na sequência, estão os profissionais da saúde, que representam 93.187 trabalhadores da área aptos a receber o imunizante. Desse montante, apenas 55.876 foram vacinados, 59,9% do grupo.

Entre crianças de 6 meses até 5 anos incompletos, o índice de cobertura é de 40,9%, percentual que representa 57.399 moradores do total de 140.151.

Na avaliação do médico Wanderley Cerqueira de Lima, que atende na Rede D''or e Hospital Israelita Albert Einstein, mesmo abaixo da meta estadual, a imunização entre pessoas acima dos 60 anos é maior pela consciência deste público. "São moradores com maturidade e que compreendem que a gripe pode trazer complicações à saúde, como a evolução para uma pneumonia. A influenza é uma doença que também mata, e nessa faixa etária existe maior entendimento disso", explicou.

A divulgação, na avaliação do médico, está entre os principais fatores da baixa adesão entre os públicos-alvo da campanha. "Existe um consciente coletivo muito focado na vacinação contra a Covid-19. A mobilização da população para a campanha da influenza ficou aquém do necessário, especialmente entre os mais jovens. Em qualquer pandemia, para qualquer doença, quando se chega a um pico, a tendência é que as pessoas se acomodem e achem que tudo vai ficar bem", analisou Lima, ao reforçar a importância da disseminação de informações sobre a imunização e ações de divulgação direcionadas aos grupos prioritários da campanha.

A cobertura vacinal também segue baixa entre outros públicos-alvo da imunização. a menor cobertura, de acordo com dados disponibilizados pelas prefeituras, está entre as gestantes. Do total de 46.945 moradoras, apenas 24,5%, ou 11.509 mulheres, receberam o imunizante.

Também integram os grupos prioritários da campanha contra a influenza professores, puérperas, pessoas com deficiência, pessoas com comorbidades, profissionais da área da segurança, motoristas rodoviários, caminhoneiros, indígenas e quilombolas, portuários, adolescentes sob medida socioedutativa e população privada de liberdade.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, não há, nesse momento, previsão de prorrogação do prazo da vacinação ou ampliação da campanha para outros grupos populacionais.




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