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Bush pede mais US$ 75 bilhões para a guerra
Do Diário OnLine
25/03/2003 | 00:34
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, avisou ao Congresso americano nesta segunda-feira que precisa urgentemente de um reforço orçamentário de US$ 75 bilhões para cobrir os gastos com a guerra no Iraque e outras obrigações no setor de Defesa. Segundo o jornal The New York Times, a Casa Branca admite que o conflito no Golfo Pérsico pode custar US$ 90 bilhões aos cofres americanos. Agravado pela guerra, o já elevado déficit americano deve chegar perto de US$ 400 bilhões em 2003.

Bush conta com a maioria republicana no Congresso para conseguir uma aprovação relativamente rápida do reforço orçamentário para a guerra. A Casa Branca espera ver as contas referendadas pelo Legislativo até a primeira quinzena de abril. Um porta-voz dos deputados republicanos disse nesta segunda que espera uma "aprovação por margens devastadoras".

Na oposição democrata, os gastos adicionais com a guerra não são bem-vistos. "A conta por este ataque não provocado está começando a chegar e o povo americano deve começar a se preocupar que a administração tenha perdido o controle dos custos", afirmou o deputado democrata Dennis Kucinich (Ohio), citado pela agência Reuters. O líder democrata no Senado, Tom Daschle (Dakota do Sul), disse que o governo estava pagando pela guerra sem se preocupar com fundos para a manutenção a longo prazo da paz no Iraque.

"Mais forte a economia, mais forte nós somos como país. Mais forte nós somos como país, mais forte é nosso aparelho militar", respondeu o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.

'Coalizão do faturamento' - O pacote de Bush prevê US$ 63 bilhões apenas para o Pentágono, visando os gastos com a guerra no Iraque, o implemento da máquina militar e a campanha mundial contra o terrorismo. US$ 4 bilhões seriam só para reforçar a segurança interna dos Estados Unidos contra o terrorismo – uma quantia que os democratas dizem ser insuficiente.

O Iraque praticamente ganha US$ 4 bilhões como uma 'compensação' pelos danos de guerra. A conta inclui US$ 3,5 bilhões para ajuda humanitária e reconstrução do país e cerca de US$ 500 milhões para apagar incêndios de emergência e consertar campos de petróleo que venham a ser danificados. Mas fontes oficiais afirmam que muito mais dinheiro será necessário caso o Iraque comece a queimar seus poços de petróleo como sabotagem.

Uma fatia considerável do pacote é para ajudar aliados de primeira hora no Oriente Médio, como Israel (US$ 1 bilhão em ajuda direta e US$ 9 bilhões em garantias de empréstimo), Turquia (US$ 1 bilhão em ajuda direta), Jordânia (US$ 1,1 bilhão em ajuda direta) e Egito (US$ 300 milhões em ajuda econômica e US$ 2 bilhões em garantias de empréstimo). Há ainda uma ajuda de US$ 34 bilhões para atividades antiterrorismo na Colômbia.

Políticos que se opõem à guerra chamam os países favorecidos de "coalizão do faturamento" e alertam que tantos gastos desfalcarão necessidades domésticas como educação e saúde.

Com agências




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