Segundo o deputado, seu trabalho foi centralizado em três questões de relevância para a região: ampliação do Pólo Petroquímico, viabilização da UFABC (Universidade Federal do ABC) e articulação por verbas para o Projeto Cassaquera (obra viária para ligar a avenida dos Estados à Giovanni Batista Pirelli), uma das prioridades de governo do prefeito de Santo André, João Avamileno, orçada em R$ 50 milhões. "Como vice-líder e líder do governo, não tive oportunidade de apresentar projetos meus, pois haveria conflito de interesses, por isso, trabalhei para aprovar matérias de abrangência para o país", explicou.
O deputado destaca como projetos relevantes no plano federal a aprovação das leis de biossegurança, de autorização para uso de células-tronco, do biodiesel e as mudanças na Lei de Falências. "Todas coisas de peso e importância para o país. O biodiesel, quando estiver totalmente em aplicação, será maravilhoso para o país", comemorou. "Do ponto de vista das realizações estou nas alturas. Acho que avançamos, e muito, do ponto de vista geral do país e da região".
Em relação a propostas para o Estado de São Paulo, Luizinho destacou o trabalho para garantir emendas, em particular as relativas a verbas para a construção do trecho Sul do Rodoanel. "O primeiro passo para viabilizar o Rodoanel foi a emenda de minha autoria, que depois foi incorporada pela bancada paulista, que garantia verbas para iniciar o trecho sul no orçamento de 2005 e que será mantida agora em 2006".
Cassação – A descoberta, pela CPI dos Correios, de que um assessor de Luizinho, José Nilson dos Santos, sacou R$ 20 mil de uma conta do operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza, colocou o deputado na lista de cassação. "Agora estou vivendo esse pesadelo, essa violência", lamentou. O petista diz confiar na absolvição. "Por tudo o que há dentro do processo dá para ver que não há participação pessoal minha. O conjunto das provas me inocenta".
Apesar de aparentar confiança, Luizinho confessa que os acontecimentos mexeram com o seu moral. "Procurei fazer com que nada quebrasse minha energia e meu vigor para trabalhar pela região, Estado e país, mas não posso deixar de confessar que fui atingido. Arrefeci um pouco em determinados momentos", disse.
Por conta disso, não quer falar sobre planos para a reeleição e sabe que está perdendo tempo. "Seria até uma provocação se dissesse que sou candidato", admitiu. "Todo o mundo está com a campanha na rua, mas eu não posso me mexer enquanto não tiver sido julgado pelo plenário. Estou trabalhado para que seja resolvido o mais rápido possível. O ideal é que fosse este ano (2005), mas não deu". A previsão é que a Câmara retome o julgamento dos envolvidos no escândalo do mensalão somente em março.
Sobre possíveis dificuldades para reeleger-se, Luizinho minimiza as conseqüências da crise do mensalão. "Confio plenamente que, quando estiver livre do processo, haverá compreensão de que fui vítima de uma violência".
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