O PT de Diadema alterou o processo de escolha do vice para o prefeito Mário Reali (PT), candidato à reeleição em outubro. Antes, a estratégia consistia em pinçar um nome de consenso entre o bloco aliado. Agora, os partidos que orbitam na administração petista terão de apresentar nomes ao posto e os dirigentes do PT ficarão encarregados de escolher o político que dividirá chapa com Reali.

A decisão passou pelos encontros dos delegados eleitorais definidos pela militância petista para discutir tática eleitoral e política de aliança no governo. "Acho importante ter o crivo do diretório", comentou Reali, que foi oficializado no sábado postulante à reeleição.

Apesar de o PT decidir pelo candidato a vice, a cúpula do partido manterá os critérios para escolher quem ocupará o posto hoje nas mãos do ex-prefeito Gilson Menezes (PSB). O político precisará agregar o arco de aliança e trazer votação suficiente para garantir a hegemonia petista em Diadema - nos últimos 30 anos, o PT só não governou a cidade entre 1997 e 2000.

Outro ponto analisado pelos dirigentes da sigla será o histórico judicial do pleiteante, pois o STF (Supremo Tribunal Federal) garantiu validação da Lei da Ficha Limpa já para este ano. Preferido de Reali, Gilson enfrenta processo de improbidade administrativa por ter deixado dívidas sem dinheiro em caixa quando saiu da Prefeitura, em 2000. O Tribunal de Justiça analisa o caso e o socialista alega ausência de dolo para tentar se inocentar.

Além de Gilson, estão no páreo pela vaga o presidente da Câmara, Laércio Soares (PCdoB), a vereadora Cida Ferreira (PMDB), o secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson (PSB), o ex-vereador Ricardo Yoshio (PDT) e o empresário Osvaldo Basso (PR).

Há possibilidade de chapa pura petista, caso o PT avalie que um nome da legenda garanta estabilidade eleitoral para 2016. Se o partido optar por prefeito e vice exclusivos da legenda, o chefe de Gabinete do Paço, Osvaldo Misso (PT), deve ser escolhido.