Economia Titulo Cenário
Cresce expectativa de
contratações no comércio

Estudos apontam recuperação das vendas ao longo do ano;
lojistas veem cenário mais favorável para fazer contratações

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/03/2012 | 07:17
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As perspectivas dos comerciantes para os próximos meses melhoraram e, com isso, os lojistas veem cenário mais favorável para fazerem contratações neste ano.

Os sinais de reação são apontados por dois estudos, da CNC (Confederação Nacional do Comércio) e da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), ambos divulgados ontem.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio, da CNC, permaneceu estável em fevereiro, frente a janeiro. Ficou em 127,6 pontos, com elevação de 3,3% no subíndice que mede as expectativas, o que foi contrabalanceado pela queda de 3,3% na avaliação das condições atuais (da economia, do setor e da empresa).

Segundo o economista Bruno Fernandes, os números refletem o processo de desaceleração da economia, ao longo de 2011 e, agora, uma lenta reação, por causa do afrouxamento das medidas macroprudenciais (de restrição do crédito) e queda dos juros por parte do governo. Ele acrescenta que, atestando a tendência de recuperação mais forte a partir da segunda metade deste ano, a expectativa de admissões subiu 2%.

O indicador da Fecap, que também mede o ânimo do comerciante, sinaliza trajetória semelhante, ou seja, a retomada mais forte do consumo a partir do terceiro trimestre. O índice chegou a 140,26 pontos, alta de 3,2%, quando comparado ao mês anterior.

Para o economista Eric Brasil, da fundação, a preocupação com a crise europeia e com o aumento da inadimplência teria refletido nas vendas no ano passado. No entanto, com a ações do governo para impulsionar as compras a prazo, isso já começa a refletir em melhora na demanda. "Se nada se alterar para os próximos meses, a tendência é que continue melhorando", afirma.

CONSTRUÇÃO - O percentual de queda do ICST (Índice de Confiança da Construção) verificado em fevereiro foi o menor dos últimos seis meses, indicando que o ano de 2012 pode ser de retomada dos investimentos do setor e de aumento de contratações. "O empresário começou o ano mais otimista, mesmo com o índice registrando queda de 8,4% no trimestre finalizado em fevereiro ante o mesmo período de 2011", afirma a coordenadora de Estudos de Construção Civil do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV, Ana Maria Castelo. (com AE)




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