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Explosões em plataforma da Petrobras matam um
Do Diário OnLine
16/03/2001 | 00:40
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Três explosões aconteceram na madrugada desta quinta-feira na plataforma Petrobras 36 (P-36), a maior do mundo, situada em Macaé, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida. Nove funcionários estão desaparecidos, segundo a última estimativa da empresa.

No momento da primeira explosão, às 0h20, trabalhavam na plataforma 175 funcionários. A pior delas, a segunda, aconteceu às 0h24, quando a brigada de incêndio tentava controlar o fogo iniciado em razão do primeiro estouro. Nove funcionários foram arremessados ao mar. O caso de saúde mais grave é o de Sérgio Santos Barbosa, que teve queimaduras em 98% do corpo e está internado no Hospital Galeão. A outra explosão, de proporções menores, aconteceu cerca de 10 minutos depois.

Segundo o Jornal Nacional, a explosão teria sido causada por um vazamento de gás. A plataforma produzia três vezes o consumo diário do produto de todo o Estado do Rio.

Inclinação — Além das prováveis mortes, a Petrobras se preocupa muito neste momento com a inclinação da plataforma, pois, se ela afundar, cerca de 1,5 mil metros cúbicos de óleo podem vazar, o que causaria um sério acidente ambiental.

No final da tarde, o ângulo de inclinação era calculado em 30°. No final da noite desta quinta, porém, a assessoria de imprensa da Petrobras informou que houve uma estabilização horizontal e que o ângulo diminuiu para 25°. No entanto, o risco da plataforma afundar não está descartado. Apenas um flutuador de sustentação da plataforma não foi destruído.

Desaparecidos — O presidente da estatal, Henri Reichstul, classificou o acidente como muito grande e grave. Em entrevista coletiva, ele declarou que a petrolífera possui todos os equipamentos necessários para o resgate dos desaparecidos, mas não acredita em sobreviventes.

As buscas foram paralisadas por falta de segurança e iluminação e serão reiniciadas apenas nesta sexta-feira. Nesta quinta, equipes procuraram funcionários da estatal por mais de 12 horas numa área de 15 quilômetros em torno do local do acidente.

Ainda não há informações sobre os funcionários Emanoel Portela Lima, Ernesto de Azevedo Couto, Geraldo Magela Gonçalves, Josevaldo Dias de Sousa, Laerson Antônio dos Santos, Luciano Cardoso Sousa, Mário Sérgio Matheus e Sérgio dos Santos Souza.




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