Um delegado da Polícia Federal tentou ser atendido ontem na agência do INSS da Barra da Tijuca (RJ), mas como os funcionários estão em greve prendeu a sindicalista Célia Maria de Souza, diretora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Previdência e Trabalho (Sindsprev-RJ).

Célia Maria contou que o policial mostrou a identidade funcional e pediu para ser atendido, o que foi negado, por causa da paralisação. "Eu lhe informei que o único atendimento que estava sendo feito era o de perícia médica agendada e de casos de emergência", explicou a sindicalista.

Segundo Célia Maria, na sequência, ele tirou do bolso uma carteira de policial e disse que queria entrar. "Pediu que eu me identificasse, ao que eu respondi que só o faria mediante um documento oficial", disse a líder sindical.Em seguida, segundo ela, o policial chamou uma viatura e a levou para a superintendência do órgão, na Praça Mauá.

A diretora do Sinsprev-RJ, Cristiane Gerardo, classificou a atitude do delegado como abuso de autoridade. Foi uma prisão arbitrária. "Não tratamos os cidadãos de forma diferenciada. Não temos que abrir exceção à Polícia Federal. A assessoria da PF foi procurada pela reportagem, mas não havia se manifestado até o fechamento desta edição.