O Grande ABC somou em novembro 166 mil desempregados, o menor contingente já observado na história da pesquisa do Seade e do Dieese. Para a região, o levantamento teve início em março de 2002.
O número de pessoas sem ocupação caiu (em outubro eram 168 mil), apesar de a taxa de desemprego ter permanecido no mesmo patamar de outubro – em 12,9% da PEA (da população economicamente ativa, ou seja, o total de pessoas empregadas ou à procura de trabalho) de outubro. O índice, bem menor que os 14,1% de novembro de 2006, ainda é o menor da série histórica da pesquisa.
A retração do número de desempregados sem que houvesse uma diminuição da taxa se explica. De um mês para o outro, a PEA se reduziu em 14 mil pessoas – que saíram do mercado, ao deixarem de procurar emprego –, ao mesmo tempo em que o número de ocupados diminuiu 12 mil.
Segundo o gerente de análise do Seade, Alexandre Loloian, a menor quantidade de pessoas em busca de colocação pode ter relação com o aumento do rendimento. “Muitos jovens saem do mercado de trabalho, quando a situação familiar melhora”, disse.
No Grande ABC, segundo o último dado disponível, a renda média das pessoas ocupadas cresceu 8,4% em setembro frente à de igual mês de 2006, passando de R$ 1,140 para R$ 1.248. No período, o valor médio recebido em toda a Região Metropolitana de São Paulo ficou 4,5% menor (de R$ 1.194 para R$ 1.248).
Comércio - Na Região Metropolitana, a ocupação cresceu no mês 0,8%, principalmente por conta da geração de vagas no comércio (2,8%).A proximidade das festas de fim de ano tradicionalmente impulsiona a abertura dos postos de trabalho na área comercial. Os shoppings do Grande ABC, por exemplo, estimaram a abertura de 2.300 vagas temporárias para o período.
É uma chance para muitos ganharem a efetivação. Foi o caso da vendedora Maiara Gimenes, que estava desempregada e foi selecionada para trabalhar como extra na loja Clorofila, de moda feminina, no Mauá Plaza Shopping. “Estou muito feliz, fiz um teste e já fui efetivada. Ganhei essa oportunidade”, disse.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.