Abe está relaxando a política fiscal em meio a um crescente consenso entre economistas de que apenas a política monetária não será suficiente para superar a estagnação econômica. Em junho, Abe também decidiu adiar um planejado aumento do imposto sobre vendas em dois anos e meio.
Na última sexta-feira, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) fez apenas leves ajustes em sua política monetária, reforçando a tese de muitos analistas de que o BC japonês está chegando ao limite da sua capacidade de gerar crescimento e inflação.
Em tamanho, o novo pacote fiscal é um dos maiores do Japão desde a crise global iniciada em 2008, mas três quartos do valor correspondem a empréstimos subsidiados do governo e empresas estatais.
Os novos gastos diretos somam apenas cerca de 7,5 trilhões de ienes e a maior parte desse montante está previsto para os próximos dois anos. Ainda este mês, o governo vai elaborar um orçamento suplementar para garantir gastos de 4 trilhões de ienes no ano até março de 2017.
O pacote destina 10,7 trilhões de ienes em recursos a projetos de infraestrutura, incluindo uma linha de trem de levitação magnética que ligará a capital, Tóquio, a Osaka. O programa prevê ainda repasses individuais equivalentes a US$ 150 a 22 milhões de pessoas de baixa renda e projetos de reconstrução em áreas do sul do país que foram atingidas por terremotos em abril.
Com o pacote, o governo espera impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) japonês em 1,3 ponto porcentual. Para Koya Miyamae, economista da SMBC Nikko Securities, o impacto positivo na economia será bem mais modesto no próximo ano, de 0,4 ponto porcentual. Fonte: Dow Jones Newswires.
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