Manifestação marcada para domingo partirá da Igreja Matriz de São Bernardo, um dos palcos do surgimento do PT, até prédio do ex-presidente
Grupos de oposição à presidente Dilma Rousseff (PT) preparam para domingo protesto em frente ao prédio onde mora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A atividade está programada pela manhã para não conflitar horário com as manifestações marcadas para a Avenida Paulista, em São Paulo.
Organizadores prometem se concentrar em frente à Igreja Matriz, símbolo no Grande ABC das lutas contra a ditadura militar e início da formação do PT, no fim da década de 1970. Caminharão pela Rua Marechal Deodoro até a Avenida Prestes Maia, até chegar à residência do ex-chefe da Nação, responsável pela indicação de Dilma em 2010.
“Estimativa de público é difícil saber, mas mudamos o horário para atrair mais gente que queira protestar contra o governo que aí está”, disse Júnior Moreira, suplente de vereador do PSDB e um dos organizadores da atividade de domingo. Nos protestos do dia 15 de março, a PM (Polícia Militar) calculou que 4.000 pessoas foram às ruas de São Bernardo para criticar a administração do PT. Já na passeata do dia 12 de abril decepcionou e apenas 150 pessoas, de acordo com a PM, estiveram na manifestação na cidade.
Santo André e São Caetano também registraram nos dois primeiros atos do ano e, novamente, devem ser palcos de mais questionamentos ao trabalho de Dilma em Brasília. No dia 15 de março, a PM divulgou que 25 mil andreenses externaram descontentamento com o governo do PT.
“Teremos carro de som, todos vestindo camisas verde e amarela, com cartazes. Mas sem panelas”, discorreu Júnior Moreira, tentando evitar que o PT taxe as manifestações como exclusivas das classes média e alta do País. O panelaço virou marca dos protestos contra Dilma em pronunciamentos oficiais na televisão.
A primeira grande manifestação, do dia 15 de março, reuniu 1 milhão de pessoas na Avenida Paulista, de acordo com cálculos da PM. Dois meses depois, foram 210 mil críticos, ainda segundo a PM.
Depois dos dois atos, o governo federal tentou implementar pauta positiva, com aprovação de projetos com redução de gastos públicos e a reforma política. A tática, porém, naufragou, poucos passos avançaram e Dilma voltou a se deparar com clima instável no País e no Congresso, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarando oposição e colocando em votação propostas com aumento de salários de servidores públicos e pedidos de impeachment da petista.
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