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Palocci nega acusações e diz que permanece no cargo
Izabela de Paula
Do Diário OnLine
21/08/2005 | 21:49
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AFPO ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou neste domingo que vai permanecer no cargo a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro voltou a negar "categoricamente e com veemência" as denúncias que envolveram seu nome nos últimos dias, mas disse que mesmo com a consciência tranqüila telefonou para o presidente e colocou o cargo a disposição. "O presidente Lula pediu para que eu transmitisse a vocês a sua decisão. Ele não deseja que eu saia do Ministério da Fazenda. Ele disse que não autorizará o meu afastamento, mesmo temporário."

Na sexta-feira, o advogado Rogério Buratti, ex-assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, disse que o ministro teria recebido, quando prefeito da cidade, R$ 50 mil por mês de empreiteiras que atuavam no serviço de coleta lixo no município. Buratti explicou que o dinheiro pago a Palocci era depois repassado a Delúbio Soares, tesoureiro do PT que admitiu ter montando um esquema de 'caixa 2' no partido para financiar campanhas.

"Em primeiro lugar, quero negar categoricamente e com veemência estas denúncias. Eu não recebi e não autorizei que recebessem recursos para o Diretório Nacional do PT ou para outras instâncias do PT durante esse período ou qualquer outro período", afirmou o ministro, durante entrevista coletiva que concedeu à imprensa neste domingo.

O ministro admitiu que recebeu contribuições da empresa citado por Buratti (Leão & Leão) para sua campanha para a Prefeitura de Ribeirão Preto, mas que todos os recursos recebidos foram devidamente registrados pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Crítica - Palocci voltou a criticar a atitude prematura do Ministério Público de divulgar o depoimento do advogado antes de concluir a investigação. "Nós devemos valorizar a apuração de todos os fatos e toda a imprensa que o faz com competência, mas nós devemos observar as leis. Não achei correto, como registrei na nota que divulguei na sexta-feira, o procedimento que se adotou para falar do caso. Se apressaram em divulgar informações de forma prematura", disse o ministro.

Após as acusações contra o ministro serem divulgadas na sexta, o MP de Ribeirão Preto informou, neste sábado, que não há provas contra Palocci nos documentos apreendidos na empresa Leão & Leão. O promotor Aroldo Costa Filho afirmou que as denúncias precisam ser investigadas e ressaltou que nos documentos encontrados até agora não existem indícios de ligação do ministro com o esquema de fraude de licitações.




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