Kislali, 60 anos, saía de sua casa e encontrou no pára-brisas de seu automóvel um pacote que explodiu ao ser manuseado, segundo a agência de notícias Anatolia. Ele chegou a ser levado para o hospital, mas acabou nao resistindo aos ferimentos.
De acordo com a equipe médica, um dos braços de Kislali foi arrancado pela explosao e também havia graves ferimentos no rosto e tórax.
Ahmed Taner Kislali foi ministro da Cultura de 1978 a 1979 e deputado de 1977 a 1980. Era professor de Ciências Políticas na Universidade de Ancara e editorialista do jornal Cumhuriyet (centro-esquerda).
O ministro de Estado encarregado dos Direitos Humanos, Mehmet Ali Irtemcelik, condenou o atentado na televisao privada NTV.
Segundo o chefe de redaçao do Cumhuriyet, Hikmet Cetinkaya, a explosao foi produzida por uma bomba acionada à distância. Cetinkaya disse à NTV que os jornalistas do Cumhuriyet vinham recebendo freqüentes ameaças anônimas.
O atentado contra Kislali lembra outro similar, em que outro repórter do mesmo jornal, Ugur Mumcu, morreu em 24 de janeiro de 1993. Sua morte, provocada pela explosao de uma bomba colocada em seu automóvel estacionado na frente de casa, provocou grande comoçao na Turquia, levando milhares de pessoas a seu enterro, em Ancara. Os autores do atentado jamais foram encontrados.
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