O indeferimento da candidatura do vice-prefeito de Ribeirão Pires, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), começou a influenciar mudanças dentro do secretariado. O comando na Pasta de Saúde ainda não foi trocado por conta da indefinição no cenário eleitoral.

Allan Frazatti, atual secretário, foi designado para realizar auditoria de dez dias no setor. Mas o trabalho do advogado, que também comanda a Secretaria de Assuntos Jurídicos, já completou sete meses e a mudança se tornou exigência dele.

A troca na Saúde prevista para julho teria participação efetiva do popular-socialista. O prefeito Clóvis Volpi (PV) tinha deixado claro que seu indicado político iria comandar o processo da escolha do novo nome, que seria mantido num eventual mandato.

Volpi amenizou o impacto do fato eleitoral no cotidiano da administração. "Quero esperar o dia 1º de setembro quando será inaugurada a UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas). Mexer na equipe agora ficou complicado", justificou. O equipamento municipal de Saúde foi feito em parceria com o governo federal e faz parte da primeira etapa do Complexo Hospitalar Municipal, com entrega prevista para 2013.

O prefeito constatou a dificuldade para encontrar pessoas com o perfil desejado para comandar o setor. "Precisa ser bom em gestão de pessoas. Não vamos conseguir fazer essa troca antes da inauguração", declarou o chefe do Executivo.

O secretário admitiu dificuldade em gerenciar duas Pastas, mas disse que entende a situação de Volpi. "Sei que a escolha de um novo nome não é a coisa mais simples do mundo. O dia que o prefeito falar que achou a pessoa, sairei tranquilamente", ponderou Allan.

Essa não foi a primeira vez que a Pasta de Saúde foi envolvida em questões eleitorais. Em junho, o chefe do Executivo ofereceu a secretaria para o PSDB, partido que posteriormente ingressou na base aliada de Dedé. Os tucanos recusaram a proposta por falta de opção para o cargo.