Política Titulo Plano
DEM sinaliza ação antiPT na região

Sugestão partiu do presidente estadual; problema
ocorre em São Bernardo, onde há arco de alianças

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/06/2015 | 09:00
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Nario Barbosa/DGABC


Em visita ao Grande ABC, o secretário estadual de Habitação e presidente paulista do DEM, Rodrigo Garcia, sugeriu direcionamento de plano antiPT na região dentro do processo eleitoral de 2016. Segundo o dirigente, há sinalização por ofensiva na região metropolitana de São Paulo para apostar em aliados que façam parte do arco de alianças do governo Geraldo Alckmin (PSDB) – o cenário influenciaria na construção de coligações próximas à órbita tucana. “Temos parceria (no Estado) com PSDB, PSB, PTB e PPS. Existe história de compromisso. Esforço do nosso grupo (político) será conversar e aglutinar maior número de forças possíveis (a projeto majoritário).”

Garcia antecipou que em pelo menos três cidades – ao destacar Santo André, São Bernardo e Mauá – há empreitada para lançar nome a prefeito ou a vice, seguindo orientação da executiva nacional, chefiada por Agripino Maia (DEM-RN), e reforçar as fileiras da sigla em cidades consideradas estratégicas. Em solo mauaense, por exemplo, o dirigente citou tratativas com o grupo capitaneado pelo vereador Manoel Lopes (DEM). “Somos verdadeira oposição ao prefeito (Donisete Braga, PT) e estamos dialogando junto com o PSDB e outros partidos eventual candidatura oposicionista, unida e articulada”. Existe proposta em indicar a mulher do parlamentar, Ângela Donatiello – ex-secretária municipal de Educação –, na chapa de Atila Jacomussi (PCdoB).

Em território andreense, Garcia formalizou convite de filiação ao presidente da subsecção da OAB, Fábio Picarelli, com vistas ao páreo na sucessão de Carlos Grana (PT). Para o líder democrata, caso o advogado – que já indicou ingresso no partido entre agosto e setembro – se disponha a colocar seu nome ao Paço no ano que vem, deixará a direção “entusiasmada e feliz” para entrar forte na disputa. “Ele traz novas ideias e pode fazer a ponte de relacionamento com a sociedade. É apelo à figura que nunca disputou eleição do ponto de vista político, somente em associações. Santo André é cidade estratégica, não só pelo tamanho e quantidade de pessoas, mas pela história no Estado”, detalhou.

Em terra são-bernardense, o secretário estadual assegurou que há norte de avançar no mesmo caminho. Atualmente, os dois vereadores da sigla Mauro Miaguti e Reginaldo Burguês integram bancada governista, embora estejam na ala chamada de independente, e possuem cargos na administração do prefeito Luiz Marinho (PT). No pleito de 2014, ambos deram apoio à campanha do petista Luiz Fernando Teixeira a deputado estadual. “O espírito hoje do DEM é buscar nome próprio. Demonstrar no discurso a coerência da legenda, que nunca mudou de lado. A tática é tentar tanto quanto possível candidatura a prefeito, se não a de vice”, disse. Miaguti é cotado para compor a dobrada, encabeçada pelo deputado estadual Orlando Morando (PSDB).

O dirigente frisou a formação de bloco durante a eleição do ano passado, quando atuou na região pelas candidaturas de Alckmin ao governo paulista e do senador Aécio Neves (PSDB) ao Palácio do Planalto. “Tivemos resultado bem satisfatório às duas campanhas”, avaliou, lembrando que os tucanos foram os mais votados no Grande ABC aos respectivos postos. São Caetano, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra são municípios onde o DEM tem pouco espaço para manter a estratégia eleitoral.

FEDERAL

Na esfera federal, o DEM atua no Congresso Nacional como uma das principais alas de oposição ao PT, ao lado de PSDB e PPS. Em número de representantes – deputados e senadores –, a sigla hoje é a oitava maior do País. “Temos um lado claro na política nacional. Exercemos oposição com altivez em Brasília, apontando erros do governo (da presidente) Dilma Rousseff (PT)”, citou. 




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