A desaceleração de preços na construção civil, captada pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), foi determinante para o recuo da segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços- Mercado), que subiu 1,79% em julho, ante alta de 1,83% em igual prévia em junho.

Em igual período, o INCC passou de alta de 2,84% para elevação de 1,34%, influenciado por aumentos mais fracos de preços em materiais e serviços (1,80% para 1,55%) e mão-de-obra (4,02% para 1,11%).

"Isso era algo esperado, essa desaceleração do INCC", diz o coordenador de Análises Econômicas da FGV (Fundação Getulio Vargas), Salomão Quadros. O resultado ficou dentro de estimativas de analistas, que esperavam taxa entre 1,60% e 1,82% - mas foi superior à mediana das expectativas (1,70%).

Quadros explicou que a perda de força no avanço de preços de mão-de-obra foi originada, principalmente, pelo término do impacto dos reajustes salariais que ocorrem nessa época do ano.

Segundo ele, a influência da elevação menos intensa do INCC para a taxa menor da segunda prévia de julho foi maior do que a desaceleração do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), de 0,78% para 0,54%, no mesmo período.