Suplente que assumirá cadeira na Câmara de Rio Grande da Serra por pouco mais de 30 dias recebeu voz de prisão no ano passado por suposta boca de urna durante a eleição municipal do ano passado. Flagrado na ocasião do pleito, Reinaldo Bizerra Cavalcante (PRP) entrará provisoriamente no lugar do vereador licenciado Akira Auriani (PSB), que vai fazer curso sobre gestão e sustentabilidade, no Japão.
O processo de Reinaldo está em trâmite no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) sob sigilo. Ele foi detido em flagrante pela PM (Polícia Militar). No ano passado, obteve 302 adesões nas urnas. A votação lhe credenciou como segundo suplente da coligação de seu partido com o PSB – o primeiro, Claudinho Monteiro, tornou-se parlamentar com a ida de Israel Mendonça (PTN) para o alto escalão de Gabriel Maranhão (PSDB).
Reinaldo chegou a trabalhar na Câmara de Rio Grande em 2005, como funcionário comissionado (sem concurso público), na função de coordenador legislativo.
Diante da situação, o presidente da Câmara de Rio Grande, João Mineiro (PSDB), afirmou ao Diário que não existe, legalmente, nenhum tipo de empecilho para a convocação de Reinaldo. “Ele foi diplomado normalmente. De acordo com o meu jurídico, não tem nada que impeça isso. Se tiver um apontamento (que peça para que ele seja retirado do cargo), nós vamos colocar outro. O jurídico está acompanhando as movimentações. Não tem nada que desabone isso”, alegou o tucano.
Mineiro lamentou, no entanto, a chamada do suplente dentro destas circunstâncias. “Eu não gosto (do fato de Reinaldo assumir esta cadeira como vereador), meu método de trabalhar é diferente. Se está errado, está errado, tem que pagar pelo erro. Na minha opinião, não deveria estar assumindo. Porém, como está achando essas brechas e se aproveitando delas (não tem o que ser feito). A nossa Constituição é terrível”, ressaltou o dirigente.
VIAGEM
O vereador Akira embarcou ontem para o Japão para curso de um mês que vai, segundo ele, ajudá-lo a entender melhor como ações sociais podem beneficiar pessoas com pouca renda e desempregadas a terem um trabalho fixo. O parlamentar afirmou que existem vários projetos deste estilo no país asiático.
Com a experiência, de acordo com Akira, existe a possibilidade de, futuramente, por ser associado ao grupo responsável pelo curso, de requerer recurso para Rio Grande. Ele explicou que, na parte da manhã, serão feitas aulas teóricas e, à tarde, serão realizadas visitas a projetos da entidade.
Akira afirmou que a licença é não remunerada e, portanto, durante o período em que estará no Japão não receberá nenhum tipo de salário por parte da Câmara de Rio Grande.
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