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Márcio França garante nomes da região no secretariado

Prestes a assumir gestão paulista, vice-governador evita antecipar quadros e critica pesquisas

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
29/03/2018 | 07:00
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Denis Maciel


A nove dias de assumir a chefia do Palácio dos Bandeirantes, o vice-governador e pré-candidato ao Estado, Márcio França (PSB), afirmou que “certamente haverá” quadros do Grande ABC em seu futuro secretariado. A garantia foi dada minutos antes de receber título de cidadão de Santo André, em ato realizado na Câmara, por requerimento do vereador Almir Cicote (PSB).

França evitou, contudo, falar nas opções escolhidas. “Certamente haverá (nomes da região no governo). Não temos nomes ainda porque é uma situação muito delicada. Desta vez a gente vai trocar o pneu do carro com o carro em movimento”, despistou o socialista, ao emendar que “naturalmente” ouvirá sugestões do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na montagem do primeiro escalão. “Ele (Alckmin) mesmo já falou: faça um governo que mantenha os meus princípios, mas que tenha a sua cara. E é o que eu vou fazer”, disse. França assumirá o governo paulista no dia 6, quando Alckmin se desincompatibilizará do posto para ser candidato à Presidência.

Ladeado por lideranças tucanas do Grande ABC, como o prefeito andreense, Paulo Serra, França voltou a alfinetar o futuro adversário, o prefeito da Capital, João Doria (PSDB), definido pelo tucanato para ser candidato a governador. “Acho que quem é ligado ao Alckmin e gosta dele, ou gosta do (Mário) Covas (morto em 2001, primeiro tucano a governar São Paulo), quem é tradicional, do PSDB de origem, acaba ficando com a gente (na eleição). Por motivos e posições ideológicas. Quem é mais ligado ao (Jair) Bolsonaro (deputado federal, pré-candidato a presidente) e tal, aí acaba ficando do outro lado”, cutucou França. Além dos correligionários Adler Kiko Teixeira (Ribeirão Pires) e Atila Jacomussi (Mauá), os prefeitos Lauro Michels (PV-Diadema) e Gabriel Maranhão (PSDB-Rio Grande da Serra) devem subir no palanque de França.

O socialista também criticou o fato de Doria estar prestes a deixar o comando da prefeitura paulistana para disputar o pleito estadual. “Acho que o Doria não corresponde à ala tradicional do PSDB. O Covas tinha um princípio que era: palavra dada é palavra cumprida. Pelo menos neste assunto, não é o forte do Doria. Ele prometeu cumprir os quatro anos (de mandato).”

PESQUISAS
O vice-governador minimizou ainda o fato de patinar em pesquisas de intenções de voto. Em recentes sondagens, França aparece em quinto lugar, bem atrás de Doria, do deputado federal Celso Russomanno (PRB), do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (MDB), e do ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT). “Pesquisa, neste instante, só tem valor para o dono do instituto, porque ele vende a pesquisa. O resto não tem valor. A população está pensando em coisas e não em política. (As pesquisas) São totalmente irrelevantes. Se tivesse algum valor, o Alckmin não poderia ser candidato a presidente. Ele aparece em quinto. E, na minha visão, ele é o favorito (na corrida presidencial).” 




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