Desde que chegou ao mercado (em fevereiro de 2016), a Fiat Toro se tornou sensação – vende média de 4.000 unidades mensais. Mas o consumidor que, no início, optou pela configuração 1.8 Flex (de R$ 87.490) percebeu que, apesar do design imponente, seu desempenho deixava bastante a desejar. Foi aí que a marca resolveu disponibilizar no mercado (desde novembro) o modelo intermediário com motor 2.4 Flex AT9 (transmissão automática de nove velocidades). Custa R$ 98.790, R$ 5.000 mais em conta que a versão 2.0 diesel com câmbio manual.

Além dos pontos fortes como espaço e ergonomia, a mais recente configuração da Toro tem no motor (fabricado no México) importantes novidades. Dentre elas, o sistema MultiAir2, responsável por variar o tempo e abertura das válvulas de admissão por sistema eletro-hidráulico, e o modo Sport (ativado por meio de tecla no painel) que muda a calibração do propulsor. O resultado reflete em agilidade e economia.

No mais, são 47 cavalos extras em relação ao modelo de entrada – total de 186 cv.

O torque também é melhor que a versão básica. Tem 5,6 quilos a mais – pulando para 24,9 mkgf a 4.000 rpm, sendo que 91% disso já são disponíveis aos 2.000 giros.

Porém, não espere tanto fôlego quando a situação exigir um pouco mais do carro (tipo, em ladeiras), a picape não embala com tanto entusiasmo. Já o silêncio a bordo surpreende. Vale destacar, também, o ótimo trabalho das suspensões, que filtram bem as imperfeições do solo.

Falando em consumo, durante nosso teste, os números estacionaram em 8,5 km/l (consumo misto, com etanol no tanque).

Por quase R$ 100 mil (ou além disso, caso o consumidor opte por opcionais como teto solar elétrico e revestimento parcial em couro para os bancos) a lista de série da picape agrada. Tem capota marítima, retrovisores elétricos, luz de caçamba, sensor de pressão nos pneus, volante em couro (com multifunção e aletas para trocas de marchas) e rodas de 16”.

OROCH
Picape da Renault é mais robusta que a Fiat Toro, o porém fica por conta do visual, que não agrada a todos e, também, a mecânica, cujo motor 2.0 de 148 cv é atrelado ao câmbio automático de apenas quatro velocidades; custa R$ 82.090.