Na última semana, a direção nacional do partido anunciou um acordo que, além de oficializar a candidatura de Sarney à presidência do Senado, previa a manutenção de Calheiros como líder na Casa até setembro, quando seria indicado para suceder Michel Temer (SP) no comando do PMDB.
De início, a ala dissidente foi contra o acordo, porque Simon já pretendia lançar-se à liderança no Senado antes de o entendimento ser efetivado, mas os oposicionistas acabaram cedendo. Nesta quinta-feira, porém, o governador Roberto Requião (PR) alegou que esse acordo se restringe à eleição de Sarney.
Simon, por sua vez, argumentou que sua candidatura representa a renovação do PMDB. "Não queremos que o poder continue nas mãos das mesmas pessoas. Temos condições de nos preparar para a higienização do nosso partido. Achamos que temos a obrigação de reconstituir o PMDB", disse.
Quanto à Câmara, ao contrário do que era esperado, o PMDB dissidente também promete fazer linha dura. Segundo o ex-governador Orestes Quércia — um dos maiores opositores à gestão de Temer — decidiu apoiar o nome do deputado Barbosa Neto (GO) para a liderança da bancada do partido na Casa. Ele deverá disputar o cargo com Eunício Oliveira (CE), que pertence ao grupo ligado a Calheiros.
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