Tamanho, algumas vezes, não é documento. Com 1,92 metro de altura, pouco para os padrões do vôlei atual, Giba é considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos. Na semifinal da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, Romário, com 1,69 metro, fez o gol de cabeça da vitória por 1 a 0 sobre a Suécia subindo no meio dos gigantes zagueiros nórdicos. Diante destes, e de outros exemplos que poderiam ser citados, resolvemos promover um comparativo no melhor estilo Davi versus Golias entre o Chevrolet Sonic Sedã LTZ (sedã compacto) e o JAC J5 (sedã médio), ambos com transmissão manual de cinco velocidades.

Mesmo com 19 centímetros a mais, o chinês J5 (R$ 49.990) custa R$ 1.510 menos que o sul-coreano Sonic (R$ 51,5 mil). Nas listas de equipamentos de série, ambos oferecem air bag duplo, freios ABS, direção hidráulica, rodas de liga leve de 16 polegadas e bancos revestidos em tecido.

Nos pacotes, porém, existem algumas diferenças pontuais. Os dois oferecem ar-condicionado, mas no JAC o item é digital. Bancos revestidos em couro são opcionais nos modelos, mas no Chevrolet o mimo é adquirido a partir de um pacote que custa R$ 4.600 e traz ainda controlador de velocidade e transmissão automática de seis marchas - itens não disponíveis para o J5. Computador de bordo e volante multifuncional, diga-se de passagem, são de fábrica no Chevrolet e também não encontrado no JAC sequer como opcional.

Outro ponto que o Sonic leva vantagem é a posição ao dirigir. Os dois asiáticos têm regulagem de altura do banco do motorista, mas o Chevrolet tem também ajustes de altura e profundidade da coluna de direção, enquanto o J5 somente de altura.

O Sonic é um carro mais agradável no trânsito, com arrancadas mais vigorosas que o JAC. Isso por ser 108 quilos mais leve e ter um motor 1.6 16V Ecotec de até 16,3 mkgf de torque e 120 cv de potência, quando abastecido com etanol. O JAC, apesar de ser um sedã médio, utiliza um bloco 1.5 16V que bebe apenas gasolina e desenvolve 15,5 mkgf e 125 cv de potência. Nas acelerações fica nítida a falta de fôlego - um propulsor maior para o chinês é fundamental! O isolamento acústico também precisa ser melhorado.

Outra vantagem do Chevrolet é o câmbio muito bem escalonado e com engates precisos. O J5 tem uma caixa com engates até que agradáveis, mas barulhenta - transmite uma sensação de fragilidade.

No quesito espaço, o JAC trata melhor os passageiros do banco traseiro, graças a uma distância entre os eixos 19 centímetros maior. No entanto, o porta-malas é 17 litros menor.

Em termos de acabamento, o JAC segue a linha mais clássica. Já o Sonic prima pela modernidade, refletida no painel de instrumentos com velocímetro digital e iluminação ice blue. Os materiais são bons, e não apresentam rebarbas ou grandes espaços entre as peças.

VEREDICTO

O J5 oferece maior espaço interno e custa R$ 1.510 menos? Sim! Mesmo assim, o Sonic vence por ter melhor desempenho, mais itens de série e opcionais, e porta-malas maior. Tamanho não foi documento, pelo menos desta vez.