Política Titulo Brasília
Lula inicia último ano de governo
Da Agência Brasil
11/01/2010 | 07:00
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Depois de dez dias de descanso na praia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca em Brasília para o último ano de governo com série de desafios para enfrentar. A lista de problemas que o presidente tem para resolver vai desde a decisão sobre a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti até as definições sobre a compra dos caças, eventuais alterações no Programa Nacional de Direitos Humanos e ainda liberação de recursos para os municípios atingidos pelas chuvas.

Lula já teria a lista pronta com prioridades para os próximos dias. A primeira tarefa é liberar dinheiro para vítimas das chuvas. Em seguida o presidente deve resolver impasses envolvendo o Programa Nacional de Direitos Humanos (veja mais em reportagem ao lado) e a compra de 36 caças para a renovação da frota aérea nacional.

Ainda há controvérsia em torno da compra dos caças, uma vez que Lula seria simpatizante dos aviões franceses, enquanto militares defenderiam os suecos. O relatório sobre as propostas foi concluído pelo Comando da Aeronáutica. O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, no entanto, já avisou que a decisão final será de Lula, pois envolverá política e não apenas técnica.

Também nos próximos dias, o presidente reúne-se com ministros da área econômica para definir a ampliação de investimentos no País em 2010 em uma espécie de segunda edição do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Justiça - Além das reuniões e encontros, o governo deverá responder à ação movida pelo PSDB que questiona na Suprema Corte a medida provisória que abre créditos extraordinários de R$ 18,19 bilhões para diversos órgãos do governo federal.

Para tucanos, a iniciativa contraria o sentido do que vem a ser MPs - atender despesas imprevisíveis e urgentes, como decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

Os primeiros dias de 2010 deverão ser usados também para que o presidente decida sobre a extradição de Cesare Battisti. Antes de voltar a Brasília, o presidente disse que aguardava envio dos autos do processo pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para pronunciar-se.

O ex-ativista teve a extradição aprovada pelo Supremo, mas cabe ao presidente a palavra final. O italiano é acusado de quatro homicídios, na década 1970, quando participava do grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Ele nega participação nos crimes.

Além do presidente, vários ministros recomeçam as atividades hoje no Planalto, como os ministros Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento) e Franklin Martins (Comunicação Social).




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