Inacreditável e ridículo. Foi assim que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou a atitude da Prefeitura de São Paulo de tentar embargar, na sexta-feira, a inauguração da primeira fase do Parque da Juventude, na Zona Norte, ocorrida na manhã deste domingo. “O auto de embargo não tem o menor fundamento porque um local público que vai servir a população não necessita de alvará de funcionamento”, disse Alckmin, que acusou ainda a Prefeitura de fazer política com “p minúsculo.”

O subprefeito de Santana, Maurício Pacheco, que embargou a obra, não compareceu à cerimônia de inauguração. Por meio de nota, ele afirmou que o próprio governo reconheu o erro e a Secretaria de Esportes – responsável pelo parque – enviou carta na qual se comprometeu a enviar todos os documentos para regularização da obra.

“Em função disso permitimos o ato programado para hoje (domingo), porém continua o embargo e a cobrança diária de multas até a regularização completa da obra”, diz a nota. A Prefeitura informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a discussão já devia ter sido encerrada.

Na inauguração da primeira fase do parque, centenas de pessoas compareceram ao local e participaram das atividades esportivas.

O governador deu início a várias delas, como basquete, vôlei e tênis, e até plantou uma árvore. “Eu quase me dei um beliscão quando vi este lugar pronto porque é um sonho que está se realizando. Aquele presídio com quase 8 mil detentos tinha de desaparecer.” O Parque está sendo construído onde antes funcionava o Carandiru.

A população aprovou o parque. A artista plástica Iracy Ferreira, que trabalha próximo ao local, comentou que era comum caminhar pelas redondezas do presídio e ver túneis cavados para fugas.