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Donisete Braga rebate Vanessa: 'Não tem moral'

Petista lembra 'golpe' dado pela adversária no PMDB de Mauá

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
06/07/2012 | 07:05
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Candidato do PT à Prefeitura de Mauá, o deputado estadual Donisete Braga rebateu ontem as declarações da também deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), sua adversária no pleito de outubro. Acusado de machismo, o petista disparou: "Ela não tem moral para tratar de relações humanas."

A fala do parlamentar é alusiva ao fato de a concorrente ter se antecipado a pronunciamento do pai, o ex-prefeito Leonel Damo (PMDB), para tirá-lo da disputa a uma cadeira de vereador. Na convenção do PMDB, dia 23, coube a Vanessa alardear que Damo não se lançaria à Câmara, contrariando afirmações do pai que, em entrevista após o evento, se mostrou surpreso com o anúncio da deputada.

"Ela renega o pai por questão política. Então, não tem moral", reitera Donisete. "Ela o aposentou em tentativa de se desvencilhar da grande rejeição do Leonel, mas pertencem ao mesmo grupo."

Vanessa acusa Donisete de machismo por, segundo ela, seu colega na Assembleia não aceitar mulheres no poder. "Ela é incoerente. Não pode pautar isso porque em 2010 eu votei na Dilma Rousseff (PT) e ela no José Serra (PSDB); 80% dos funcionários do meu gabinete são mulheres e promovi uma plenária do plano de governo só para mulheres", retrucou o deputado. "Quero que ela permaneça na Assembleia para Mauá seguir com representante feminino enviando emendas."

 

CONTRAGOLPE

Donisete Braga também ironizou a fala de Vanessa Damo com relação à construção de sua candidatura a prefeita. Segundo a peemedebista, ela não precisou dar "golpe em ninguém" para se lançar ao Paço, em crítica direta à articulação no PT que impediu a tentativa de reeleição do prefeito Oswaldo Dias (PT).

"Eu é que nunca expulsei ninguém do meu partido para ser candidato a prefeito. Ao contrário do que ela fez no PMDB com o Paulo Bio, que salvou ela e depois sofreu um golpe", lembra o petista.

Em 2011, para evitar as prévias no PMDB com Bio (então presidente municipal do partido), Vanessa Damo articulou, junto ao comando estadual da sigla, intervenção na executiva local, que acabou dissolvida. Seu marido, José Carlos Orosco Júnior, assumiu comissão provisória. Falando em "rasteira", Bio rumou para o PV. No entanto, parte de seu grupo permaneceu no PMDB e acionou a Justiça para anular a manobra da deputada, mas não obteve êxito.

Donisete desafia a adversária a pautar debate propositivo. "Ela fala que tem soluções para a cidade, mas eu nunca vi. Parte para o confronto porque no debate de propostas ela perde de 10 a 0. Conheço Mauá e em nenhum momento deixei de ter vínculos com a cidade", diz, sobre Vanessa ter morado no exterior.




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