O Grande ABC gerou 9.019 empregos com carteira assinada de janeiro a setembro deste ano. Esse saldo - ou seja, a diferença entre contratações e demissões - foi 67% menor que o observado na região no mesmo período de 2011, quando foram abertos 27.457 postos de trabalho formais, segundo os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.No mês passado, o número de vagas criadas (1.179) também ficou 67% aquém do contabilizado pela pasta para os sete municípios em setembro de 2011, quando houve saldo positivo de 3.581 postos. Entretanto, apesar do ritmo menor, o desempenho sinaliza início de retomada nas contratações. Isso porque em agosto, o saldo foi negativo em 336 vagas, o que significa que houve mais fechamento do que abertura de vagas.
INDÚSTRIA - A reversão da tendência de queda ocorreu em razão da ligeira melhora no setor industrial. Segundo dados do Caged, 691 postos de trabalho foram abertos pelas fabricantes, em setembro. É o primeiro mês, desde o fim de 2011, que o setor registra saldo positivo de empregos com carteira assinada. O movimento de contratações também foi apontado por outra pesquisa, realizada pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), junto às empresas associadas dessa entidade, divulgada nesta semana. O levantamento mostra, para setembro, o maior volume de contratações desde julho de 2011.Segundo o economista Dalmir Ribeiro, que é diretor do Departamento de Indicadores Socioeconômicos da Prefeitura de Santo André, os incentivos tributários a diversos setores (entre os quais, o segmento automotivo e as indústrias de móveis e de eletrodomésticos) estão ajudando, embora haja um limite. "O nível de consumo está melhorando, mas não há garantia de sustentação no longo prazo, já que as famílias estão muito endividadas", afirma. 
NO PAÍS Em setembro foram abertas 150.334 vagas com carteira assinada, em todo o Brasil . Apesar de ser o menor saldo para o mês desde 2001, o balanço foi considerado positivo pelo diretor do departamento de Emprego e Salário do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), Rodolfo Torelly. "Em relação ao cenário mundial, o resultado de setembro ainda foi positivo", comparou.