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Não serei vereadora de um só tema, diz Ana Veterinária
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
09/12/2020 | 05:43
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Claudinei Plaza/DGABC


Debutante na Câmara de Santo André, Ana Veterinária (DEM) assegura que seu mandato não será restrito à causa animal, bandeira que a impulsionou no meio político. “Não serei vereadora só da causa animal, da saúde ou das mulheres. Sou vereadora da demanda da cidade. Temos de defender necessidades de cidade como um todo não somente de um tema.” Em visita ao Diário, a democrata disse saber da responsabilidade dobrada de ser a única mulher na Câmara a partir de 2021 e também do fato de seu trabalho ser ligado aos animais – é veterinária há 17 anos – e à saúde – foi diretora da Vigilância Sanitária.

Ela foi candidata em 2016, pelo PV, e recebeu 2.930 votos. Não se elegeu porque o partido não atingiu quociente para abrir vaga no Legislativo. No dia 15, chegou a 4.908 votos. “Todo esse comentário (de que ela venceria o pleito) me deixou com receio. Porque em nenhum momento tive esse sentimento de que iria ganhar e falei muito isso com meu time. Fiquei um pouco traumatizada com a última eleição. Quando saiu o resultado agora, o sentimento foi bem mais gostoso.”

Ana declarou esperar por respeito dos futuros parlamentares e que em conversas com os colegas já ouviu promessa de que haverá respeito e diálogo, mesmo quando o assunto for divergente. “Fico triste quando há grito, ofensa. Não admito. Não importa se são só meninos ou não. Não vou faltar com respeito com ninguém, mas vou me impor. Com muito jeito.”

A democrata avisou que não colocará o nome à disposição para presidir a Câmara, mas espera que os demais políticos entendam o simbolismo de colocá-la em funções destacadas na casa – seja em comissões de relevância ou na mesa diretora. “Gosto de assumir as coisas com certo preparo. Como me formei para poder atender, como estive na Vigilância Sanitária e fui fazer MBA em saúde pública, enxergo que terei que percorrer o mesmo caminho na Câmara. Se julgarem necessário que eu esteja à frente de alguma comissão, estarei presente. Na mesa, depende do que o grupo enxergar.”

Ana lamentou que a causa animal tenha virado mote de campanha que atraiu figuras sem ligação com o trabalho. “Não sabe nem onde fica o focinho e o rabo do cachorro. Nunca foi meu mote de campanha. É minha vida, antes mesmo de eu me formar.” 




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