Economia Titulo Consumo
Preço da cesta cai pela
primeira vez no ano

Gasto mensal em supermercados da
região ficou R$ 3,15 menor em junho

Tauana Marin
do Diário do Grande ABC
28/06/2013 | 07:20
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Marina Brandão/DGABC


Pela primeira vez no ano, o consumidor do Grande ABC tem trégua no bolso ao fazer compra no supermercado. Neste mês, a cesta básica ficou R$ 3,15 mais barata, queda de 0,72% em relação a maio – baixando de R$ 440,89 para R$ 437,74. Desde janeiro, o valor dos 34 itens que compõem a cesta só aumentava[/01.TXTNORMAL], com exceção de fevereiro, quando ficou estável. Na variação semanal, por sua vez, houve oscilações.

Alimentos de grande peso no dia a dia das famílias, como arroz, feijão e carnes apresentaram recuo no valor em junho, o que favoreceu a queda. Os dados fazem parte de levantamento da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Enquanto o quilo do frango caiu 29,71% no semestre, o pacote de cinco quilos de arroz recuou 19,70% e o quilo da carne bovina de primeira, 11,92%. Só o feijão-carioquinha que ficou mais caro nesses primeiros seis meses (+36,80%), passando de R$ 4,13 para R$ 5,65. Vale lembrar que, no início do ano, o item encareceu devido ao excesso de chuvas. Mesmo assim, em junho o grão está mais barato do que em maio (quando era comercializado a R$ 5,71, em média).

“O conjunto de pequenas quedas no preço de 20 produtos pesquisados contribuiu para a retração”, diz o engenheiro agrônomo da companhia, Fabio Vezzá De Benedetto.

Segundo ele, os consumidores devem aproveitar para abastecer os armários de casa, já que nesse período é comum os mercados elevarem os valores. “É inverno e as pessoas comem mais, além disso estamos beirando o período de férias e nessas épocas tudo encarece. Por isso, vamos aproveitar os preços menores.”

No caso do frango – mais barato do que uma dúzia de ovos (R$ 4,70) –, a explicação para tal queda está diretamente relacionada ao milho. O principal alimento das galinhas estava com os preços em patamares elevados em 2012. Com a grande quantidade colhida, os valores caíram e, automaticamente, o custo para criar as aves também. “O mercado é assim, tudo é repassado ao consumidor, sejam os reajustes ou as quedas”, cita De Benedetto.

A carne bovina também espanta. No inverno, com o ressecamento do pasto, gasta-se mais com ração para alimentar as cabeças de gado. Teoricamente, o valor da proteína deveria estar mais alto. “O mercado está abastecido, com estoque, nesses casos, as redes de varejo baixam os valores.”

Em contrapartida, o leite acumula 20% de reajuste desde janeiro. O litro da bebida láctea é encontrado a R$ 2,40, em média. Em 2012, o item era vendido a R$ 2. “O setor estava desestimulado. Os gastos de produção do leite sempre foram muito elevados e os produtores começaram a repassar esses valores. Pode ser que com a entrada de mais marcas no mercado esse cenário mude”, considera o especialista.
  




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