Pai e filho Sabatini. A querida Dona Elisabeth. História registrada
Ao longo destas duas Semanas São Bernardo 2021, Alfredo Sabatini tem nos acompanhado. Além de ter relacionado inúmeras famílias da cidade, também deixou registros biográficos seus e do pai, Samuel Sabatini. E contou histórias comoventes. Hoje, uma delas, que fala de escravos, sofrimentos e a ação humanitária de Dona Elisabeth, sua mãe.
ENSAIO HISTÓRICO - VIII
Pesquisa: Alfredo Sabatini (em memória)
Samuel Sabatini (Itália, 1870 - Brasil, 1935) veio para São Bernardo em 1898, depois de viver dois anos em Campinas. Morou em Piraporinha, bairro dos Meninos (Rudge Ramos) e Centro, onde se instalou em 1908. Teve armazém no começo da Rua Marechal Deodoro, vizinho ao espaço hoje ocupado pelo Paço Municipal. A praça do Paço e todo o entorno ganharam o seu nome.
A família Sabatini testemunhou a existência, ao lado do seu armazém, de um casarão nos moldes das antigas fazendas, com senzalas e palanques onde os escravos eram castigados.
O casal Samuel Sabatini e Elisabeth Bechelli conheceu muitos ex-escravos e chocou-se com as marcas pelos corpos libertos provocados pelos castigos dos seus antigos senhores.
Elisabeth procurava amenizar as dores daqueles homens e mulheres, fazendo-lhes curativos, alimentando-os e ministrando-lhes ensinamentos de ordem familiar e religiosa. Batizou cerca de 400 deles, e ao falecer, em 1964, ainda alguns negros que os batizara quando meninos, na ocasião já homens, pranteavam a morte de sua protetora, chamando-a de madrinha e mãe.
PAI E FILHO.
Alfredo Sabatini e o filho Alfredinho quando das comemorações, em 1985, dos 50 anos do Palestra de São Bernardo, clube do qual foi o idealizador e fundador: no gramado do Baetão, entre os jogadores do Palestra e do EC São Bernardo, o saudoso Alfredo Sabatini, todo elegante, ele que jogou nos dois times
Show de Rádio
Texto: Milton Parron
Estevam Victor Leão Bourroul Sangirardi nasceu em São Paulo em janeiro de 1923 e aqui mesmo faleceu em setembro de 1994. Ele foi não apenas um pioneiro do humor voltado para os personagens do futebol, como foi o melhor de todos.
Com cerca de 50 anos dedicados ao rádio, dividindo o seu talento entre as rádios Jovem Pan, Record, Bandeirantes e Tupi, Sangirardi também atuou em televisão – Gazeta, Record e Tupi –, além do jornal Gazeta Esportiva.
A sua mais famosa produção foi o Show de Rádio, que alavancava a audiência nas emissoras onde foi apresentado, normalmente nos intervalos e nos finais dos jogos.
Escrevia o programa enquanto ouvia a irradiação de maneira que o programa era uma espécie de repetição dos lances principais, porém, com as pinceladas de humor que só ele e seu extraordinário time de intérpretes conseguiam dar.
Zé das Docas, Lança Chamas, Didú do Morumbi, Noninha e comendador Fumagalli, Joca, Pai Jaú foram apenas alguns dos personagens que Sangirardi criou, cada um representando uma agremiação esportiva e que permanecem na memória dos torcedores assim como a rádio Camanducaia e as imitações caricatas de Fiori Gigliotti, Claudio Carsughi e muitos outros.
O programa Memória deste fim de semana recordará vários trechos do Show de Rádio e apresentará uma entrevista que fiz com o extraordinário Estevan Sangirardi em 1989, onde ele conta muito de sua carreira, assim como da origem de vários de seus personagens.
EM PAUTA. Rádio Bandeirantes AM (840) e FM (90,9). O eterno Estevan Sangirardi. Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 22h, ou após o futebol, com reprise no domingo às 7h e durante madrugadas da semana.
Diário há meio século
Sábado, 4 de setembro de 1971 - ano 13, edição 1631
GRANDE ABC – Região comemora a Semana da Pátria. Em Santo André, as escolas desfilaram ontem (3-9-1971) no Paço Municipal.
Em 4 de setembro de...
1976 – Comunicado da CTBC (Companhia Telefônica da Borda do Campo): a partir de hoje (4-9-1976) os assinantes de Eldorado não necessitam mais discar o algarismo 7 nas chamadas para São Paulo e área regional. Deverão discar, ditamente, o número do assinante desejado.
Cinema nacional lançava Xica da Silva.
Santos do Dia
Moisés, o Profeta
Rosália (1125-1160). Viveu em Palermo, Itália. Faleceu com 30 anos de idade. É venerada como a padroeira da cidade.
Municípios Brasileiros
Em São Paulo, hoje é o aniversário de Santa Rosa de Viterbo. Elevado a município em 1910, quando se separa de São Simão.
Pelo Brasil, celebram aniversários em 4 de setembro: Buriti dos Lopes, Gilbués e Simplício Mendes (Piauí); Ceres (Goiás); Dois Irmãos do Tocantins; Pau dos Ferros (Rio Grande do Norte); Paulista (Pernambuco); Potengi (Ceará); e Reserva do Iguaçu (Paraná).
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