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Grande ABC corre o risco de ficar sem time na elite paulista

Com queda do São Caetano e Santo André sob risco, região dependeria de promoção na A-2

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
04/05/2021 | 00:01
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Pela primeira vez na história recente no futebol paulista o Grande ABC poderá não estar representado na Série A-1 em 2022. Isso porque, com o rebaixamento consumado do São Caetano na derrota para a Inter de Limeira, ontem à noite, com o Santo André à beira da zona da degola, e caso nenhum dos três times da região na Série A-2 (Água Santa, São Bernardo FC e EC São Bernardo) conquiste o acesso, depois de 21 temporadas consecutivas com pelo menos uma equipe na elite (em 2011, foram três), as sete cidades correm o risco de não ter um componente na Primeira Divisão.

A situação do Azulão já está definida e a equipe disputará a A-2 no ano que vem. Desde antes mesmo de a competição começar, os são-caetanenses já eram considerados candidatos ao rebaixamento. Afinal, fora das quatro linhas o clube vivia imensa crise financeira, teve as cotas bloqueadas por problemas judiciais e a equipe foi montada de última hora pelo ex-coordenador geral Fabinho Félix, que trouxe o técnico Wilson Júnior e jogadores que toparam o desafio de vestir a camisa azulina. Com o campeonato já começado, o ex-volante foi tirado de cena e assumiu o CEO Márcio Granada, respaldado pelo presidente Nairo Ferreira de Souza. Pouco depois, sem obter resultados, o comando técnico foi trocado e Paulinho McLaren assumiu a equipe, que seguiu sem vencer. Resultado: sem nenhum triunfo em 11 rodadas, com apenas três pontos obtidos, o São Caetano – atual campeão da Série A-2 – estará de volta ao torneio em 2022.

Já o Ramalhão depende apenas de si para permanecer na elite. Com dois jogos pela frente, contra Mirassol e Ituano, garante sequência na Série A-1 se vencer as duas. Se triunfar em apenas uma das partidas, ainda corre certo risco, mas já poderá ser suficiente. Segundo o site estatístico Chance de Gol, são necessários 12 pontos para se salvar com 100% de certeza. Com 11, o percentual cai para 99,9%. No entanto, caso chegue aos dez, são 97% de probabilidade de o time estar na Série A-1 em 2022. Se o Ramalhão conquistar somente um empate nestes dois compromissos, chegando aos oito pontos, as chances diminuem para 50%.

O presidente do Santo André, Sidney Riquetto, preferiu não abordar os motivos que levaram um time que em 2020 se classificou para as quartas de final a brigar nesta temporada contra o rebaixamento. “Quanto aos motivos para a campanha ruim, falaremos apenas após o final do campeonato”, declarou o mandatário, que mantém foco total na campanha do Estadual, sem pensar ainda no Campeonato Brasileiro da Série D, que para o Ramalhão começa daqui um mês. “O planejamento para a Série D também será definitivamente traçado na próxima semana. Ainda não é hora de virar a chave”, emendou.
 




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