Política Titulo Mauá
Justiça derruba acordo de Atila com FUABC

Decisão determina que Paço promova licitação para gestão dos equipamentos de saúde no município

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
17/03/2020 | 16:39
Compartilhar notícia
Denis Maciel/DGABC


A Justiça de Mauá rejeitou homologar acordo celebrado na semana passada entre o governo do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), e a FUABC (Fundação do ABC) para a gestão dos equipamentos de saúde do município. Em suma, a juíza Julia Gonçalves Cardoso, da 3ª Vara Cível da cidade, entendeu que o acordo significaria “contratação direta da Fundação” e determinou que o município promova licitação no prazo “improrrogável” de dez dias, sob pena de multa.

Na decisão, a magistrada criticou ainda o fato de o município descumprir sentença proferida no ano passado que já obrigava a administração a realizar seleção pública para contratação de outra OSS (Organização Social de Saúde). “Chama atenção e se mostra extremamente censurável que o município tenha, sem apresentar qualquer justificativa – plausível ou não, eis que simplesmente silenciou a respeito –, descumprido a determinação judicial, pois não há notícia de que tenha realizado o chamamento público no prazo estabelecido, mantendo e desdenhando do grave cenário de precariedade jurídica em que se encontra o sistema de saúde municipal”, diz trecho da decisão.

Além de dar limite de dez dias para que a licitação esteja na rua, a juíza ainda aumentou a pena diária de R$ 50 mil para R$ 100 mil em caso de descumprimento.

Assinado na quarta-feira e com mediação do Ministério Público local, o acordo visava a permanência da FUABC na cidade por até dois anos, pelo valor mensal de R$ 15,1 milhões. Na ocasião, o promotor José Luiz Saikali ponderou que a negociação ainda precisaria ser chancelada.

Nem o Paço de Mauá nem o MP se manifestaram sobre a decisão.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;