Política Titulo Firma 'Fundo de quintal'
CPI para apurar contratos é instaurada
Júnior Carvalho
do Diário do Grande ABC
24/03/2017 | 07:00
Compartilhar notícia
Nario Barbosa/DGABC


A Câmara de Diadema instaurou oficialmente a CPI que investigará contratos do governo do prefeito Lauro Michels (PV) com firma situada nos fundos de um cortiço na periferia da cidade. O aval da Secretaria de Assuntos Jurídicos foi lido na sessão de ontem e, agora, os blocos partidários terão de indicar seus membros para integrar a comissão.

Maioria no Legislativo, o G-12 (grupo de parlamentares oposicionistas do PT, PR, PRB, PPS e DEM), autor da CPI, já indicou o vereador Companheiro Sérgio Ramos da Silva (PPS) para a presidência da comissão, enquanto que o líder do grupo, Josa Queiroz (PT), foi designado relator.

A CPI investigará denúncias feitas pelo Diário de que o governo Lauro fracionou contratos com a construtora Mendonça e Silva Construção e Refoma, firma que não possui sede própria e seu endereço cadastrado na Junta Comercial remete a um conjunto de casas de aluguel no Jardim Inamar. A gestão do verde pagou quase R$ 1 milhão em contratos celebrados por meio de carta-convite entre 2014 e 2016 para que a empresa tocasse reformas em telhados de várias escolas do município – as estruturas das coberturas apresentam danos.

Para a oposição, o Paço infringiu a Lei de Licitações (8.666/93) ao celebrar vários contratos sem licitação, uma vez que a soma dos pagamentos extrapola o limite legal de R$ 150 mil e, em tese, deveria ter ocorrido concorrência plena entre as empresas.

Na base governista, integram apenas PSB e PV. O primeiro partido é representado apenas por dois parlamentares, o líder do governo Célio Boi e o presidente da Casa, Marcos Michels. Como o dirigente da Casa foi secretário de Educação e assinou os convênios que serão investigados, a tendência é que Boi integre a comissão.

O Ministério Público de Diadema também investigará as denúncias. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;