'O setor optou por proteger suas margens e repassar os aumentos', afirmou Robert Macody Lund, presidente da Revista Supermercado Moderno, que divulgou nesta segunda estudo realizado com 636 empresas e 3.846 lojas sobre o desempenho do setor. O efeito direto do aumento de preços foi a redução do consumo. Para uma inflação de 20,5%, o volume de itens comercializados caiu 5%.
O percentual de lucro líquido obtido pelas empresas vem crescendo pelo menos nos últimos quatro anos. Depois de chegar ao nível mais baixo em 1999, com 1,30%, cresceu para 1,77% em 2000, 2,05% em 2001, 2,12% em 2002 e 2,21% em 2003, segundo levantamento da revista, baseado em informações de 266 empresas que revelaram seus números. O faturamento total do setor chegou a R$ 90,7 bilhões, contra R$ 78,9 bilhões de 2002, o que significa um acréscimo real de 0,16% e nominal de 15%. O segmento dos supermercados foi o que registrou melhores resultados, em detrimento dos hipermercados.
Em razão da perda de renda, os consumidores intensificaram as visitas aos supermercados para compras menores em lugar de fazer maior desembolso de uma só vez nas compras mensais em hipermercados, comportamento que teve início há cerca de dois anos. Os pequenos e médios estabelecimentos, que movimentaram R$ 61,1 bilhões, registraram uma elevação real de vendas de 1%, enquanto os hipermercados, com vendas de R$ 29,6 bilhões, tiveram perda de 1,5%.
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