Dados são de anuário publicado pelo jornal
Valor Econômico baseados em balancetes
Apesar dos problemas financeiros, a FUABC (Fundação do ABC) é uma das 300 maiores empresas do Brasil, excluindo instituições financeiras, com receita líquida de R$ 2,249 bilhões em 2016.
Os dados são de anuário publicado pelo jornal Valor Econômico no mês passado baseados em balancetes forncedidos pelas próprias organizações. A instituição da região figura na posição númerio 253 e é a maior organização genuinamente regional do rol.
A FUABC aparece à frente de empresas como a Rede Record de televisão, o portal de notícias UOL, a Shell, o Hospital Sírio Libanês, a Brookfield Incorporações, entre outras – a lista possui as 1.000 maiores companhias do Brasil.
Segundo o estudo, a FUABC registrou prejuízo líquido de R$ 31,8 milhões, o que ajuda a explicar os problemas financeiros pelos quais a Fundação passa, com queda na qualidade dos serviços prestados (e consequente redução no número de clientes) e até dificuldade para pagar rescisões contratuais de funcionários demitidos. O prejuízo bruto (sem descontar impostos) foi de R$ 45 milhões. A entidade reclama da falta de pagamento das prefeituras contratantes.
Por outro lado, a receita cresceu 20,3% na comparação com 2015, quando a arrecadação da FUABC atingiu a marca de R$ 1,8 bilhão. O dinheiro que ingressa nos cofres da institução é proveniente das prefeituras de Santo André, de São Bernardo e de São Caetano, além dos contratos com outros entes públicos, como as administrações de Mauá, de Rio Grande da Serra e de cidades do Litoral.
Na semana passada, a presidente da FUABC, Maria Bernadette Vianna, colocou o cargo à disposição para antecipar o rodízio no comando da entidade. Essa troca foi definida durante reunião dos prefeitos Paulo Serra (PSDB, Santo André), Orlando Morando (PSDB, São Bernardo) e José Auricchio Júnior (PSDB, São Caetano) com o secretário de Saúde do Estado, David Uip, que ordenou por melhoria na administração da FUABC.
O Diário já mostrou que a FUABC trabalha com supersalários – há diretor que recebe R$ 23,3 mil mensais, valores acima dos vencimentos do governador do Estado. Também apresentou que a Fundação conta com lista de 22 mil funcionários, diversos deles parentes de políticos da região. Havia promessa de readequação de funções, com redução nas despesas e divulgação dos dados que deveriam ser públicos, mas o discurso não se aplicou na prática.
LISTAGEM - A líder do rol do jornal Valor Econômico é a Petrobras, com receita de R$ 282,6 bilhões (prejuízo líquido de R4 13 bilhões), seguida pela JBS, com arrecadação de R$ 170,4 bilhões (lucro de R$ 707,5 milhões) e Vale (orçamento de R$ 94,6 bilhões e lucro de R$ 13,3 bilhões).
Das empresas da região os destaques são as montadoras: Toyota (39ª posição, com receita de R$ 14,5 bilhões) Volkswagen (41ª colocada, R$ 13,6 bilhões) e Mercedes-Benz (67ª posição, R$ 9 bilhões).
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