John Brock, ex-presidente da empresa líder mundial do setor cerveja, o grupo belga-brasileiro InBev, obteve 20 milhões de euros (30 milhões de dólares) de indenização de saída após litígio de dois anos com o antigo empregador, informa nesta quinta-feira o jornal de Bruxelas Le Soir.

John Brock, que agora é diretor do engarrafadora americana Coca-Cola Enterprises, pedira inicialmente 30 milhões de euros, por considerar que lhe eram devidas as stock options na InBev, apesar de ter deixado a empresa antes de que pudesse cobrar as mesmas, acrescenta o jornal.

Concluído no fim de setembro ou início de outubro, o acordo foi mantido em sigilo pelas duas partes, segundo o Le Soir.

Procurado pela AFP, um porta-voz da InBev confirmou que as negociações "levaram a um acordo" com Brock, mas se recusou a comentar os valores mencionadas pelo Le Soir e a anunciar a data do acerto.

Entre Brock e a responsável pela produção da cerveja Stella Artois, a divergência que existia dizia respeito às stock options de 20 milhões de euros e a uma indemnização de três anos de salário bruto, ou seja, quase 10 milhões de euros, última cifra sobre a qual as partes estavam de acordo.

Brock trabalhou na Inbev de fevereiro de 2003 a dezembro de 2005, dois anos e 10 meses, menos que os três anos necessários para obter as stock option, o que dificultou a conclusão de um acordo.

Depois de pagar os impostos, Brock receberá apenas nove milhões de euros líquidos, acrescenta o Le Soir.