Com a PEC, que já foi aprovada pela Câmara Federal, o Congresso está correndo atrás da resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovada em abril para regulamentar o número de vereadores. Caso a PEC não seja aprovada, prevalecerá o entendimento do TSE.
O vereador Diniz Lopes de Souza acumula as preocupações sobre o tema, pois é presidente do PL em Mauá e membro da Câmara Municipal. Segundo Diniz, os partidos vão acabar adiando as convenções porque a posição do Senado tumultuou o calendário eleitoral. Outra preocupação é com as providências que a Justiça Eleitoral terá de tomar para organizar as eleições.
O presidente do PMDB de São Bernardo, vereador Tunico Vieira, já marcou a convenção da legenda para o último fim de semana do mês porque não sabe com quantas vagas irá trabalhar. Isso porque, se a proposta for aprovada, o município passará de 21 para 27 parlamentares.
O presidente do PDT de Santo André, deputado estadual José Dilson, também admitiu que a indecisão prejudica a organização dos partidos e acenou com a possibilidade de adiar a convenção já marcada para 26 de junho. "Essa indecisão é prejudicial até para os pré-candidatos, que não sabem se vão ou não participar da disputa", afirmou.
Já os presidentes de Câmaras ficam na expectativa de providências que terão de ser tomadas. A presidente da Câmara de Santo André, Ivete Garcia (PT), esperava que a medida fosse aprovada nesta quarta para decidir sobre as alterações necessárias no regimento interno da Casa e na LOM (Lei Orgânica do Município). Ivete disse que também terá de pensar na estrutura física da Câmara, pois Santo André ganhará mais quatro parlamentares, caso a PEC seja aprovada em segundo turno pelos senadores.
Sem saber qual decisão tomar, o presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Edson Savietto (PT), o Banha, já agendou para a próxima segunda-feira uma reunião com o departamento jurídico da Casa para discutir o assunto.
Outro questionamento de líderes políticos é sobre a validade da proposta ainda para as eleições. A dúvida atingiu até mesmo os senadores, que deverão discutir se realmente há prazo para promulgar a proposta. Questionado sobre o assunto, o senador Eduardo Suplicy (PT) disse que ainda não tinha resposta, mas acreditava na possibilidade de valer ainda nesta eleição, mesmo se aprovada na próxima semana.
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