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Bolsa de SP fica na lanterna entre os mercados mundiais
02/05/2010 | 07:51
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Depois de reinar absoluta no ranking dos principais mercados acionários do mundo em 2009, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) vive dias bem mais discretos.

Do início do ano até quinta-feira, o Ibovespa acumulava perdas de 1,52% em dólar - medida usada para que se possa comparar esse tipo de indicador em diferentes praças. É o segundo pior desempenho em 2010, à frente apenas da Bolsa de Xangai, que caía 13%.

À primeira vista, o número parece contraditório com o crescimento esperado para a economia brasileira neste ano, que chega a 7%, segundo instituições financeiras como o banco norte-americano JP Morgan.

Analistas ponderam, no entanto, que essa forte expansão já foi antecipada pelos investidores ao longo de 2009. Eles dizem mais: o fenômeno não atinge só o Brasil, mas também outros países emergentes. A desvalorização da Bolsa de Xangai é outro claro exemplo desse movimento. "Países emergentes, como o Brasil, a China e a Índia, já estão começando a apertar a taxa de juros para desacelerar a economia", explicou o vice-presidente da Sul América Investimentos, Marcelo Mello.

De outro lado, lembra o especialista, os investidores já colocam no preço das ações (no jargão do mercado, precificar) a expectativa de melhora das economias desenvolvidas, as que mais sofreram com a crise financeira internacional.

Não à toa, índices de Bolsas dos Estados Unidos apresentam, até o momento, as maiores valorizações de 2010. O Dow Jones, o mais tradicional termômetro da Bolsa de Nova York, acumulava até quinta-feira alta de 7%.

Mesmo no Japão, onde a economia se recupera a passos de tartaruga, o principal termômetro do mercado acionário (Nikkei) sobe razoavelmente: 4,84% também até quinta-feira.

"Os países emergentes e os desenvolvidos estão em pontos totalmente distintos do ciclo econômico", pondera o economista-chefe da GAP Asset Management, Alexandre Maia.




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