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Indústria alimentícia cresce 3,4% e fatura US$ 74,6 bi
Do Diário do Grande ABC
16/02/2000 | 15:12
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A indústria alimentícia, que passou a exibir números expressivos desde meados do ano passado, encerrou 1999 com crescimento da produçao física em torno de 3 5%, desbancando a projeçao inicial de aumento de 1%. O faturamento atingiu US$ 74,6 bilhoes ante os US$ 71,3 bilhoes computados no ano anterior. A exportaçao obteve bons resultados com incremento de 10% no volume, gerando uma receita de US$ 8,1 bilhoes.

A expectativa é de que 2000 tenha um desempenho ligeiramente superior ao de 1999, beirando 4,5%. Juros baixos e melhoria do poder aquisitivo sao os fatores apontados pelo economista da Associaçao Brasileira da Indústria Alimentícia (Abia), Dênis Ribeiro, responsáveis pelo incremento da produçao física neste ano.

Em dezembro, a produçao física recuou 3,7% sobre o mês anterior e fechou 4,3% superior se comparada ao mesmo período do ano passado.

O resultado do acumulado dos últimos doze meses, nao ficou por menos, atingiu a casa dos 3,4% em relaçao ao período imediatamente anterior. "A demanda continua firme", afirma Ribeiro. Entre janeiro e dezembro o resultado empata, com o dos últimos doze meses.

"Com a desvalorizaçao cambial a expectativa era crescer entre 0,5% e 1%", lembra o economista. Mas a evoluçao das exportaçoes, queda nas taxas de juros e concessao de crédito foram os principais fatores responsáveis pela alta que vem se mantendo.

Setores - Carnes e derivados foram os campeoes em vendas no ano passado registrando crescimento de 18,7%. "As vendas aumentaram 8,4% sobre o ano anterior", comemora Antonio Zambelli, diretor de marketing da Perdigao. Laticínios refrigerados vem logo em seguida com acréscimo de 15,6%. Os segmentos de balas e confeitos e café e açúcar tiveram altas de 13,5% e 5%, respectivamente.

Em contrapartida, os desidratados e supergelados que galgaram patamares elevados em 1998, acima de 20%, viram as vendas despencarem, fechando negativo 5,1%. Conservas e vegetais caíram 7,7%, enquanto os sorvetes recuaram 11,4%. "A retraçao nessas áreas reflete a queda do poder aquisitivo do consumidor" afirma Ribeiro.

Emprego - Os números da Abia revelam que o setor fechou o ano com crescimento de 0,6% no nível de emprego, com a criaçao de 5 mil novos postos de trabalho. A Abia congrega 250 indústria e emprega 745 mil funcionários.




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