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Ex-comandante da PM do Rio diz que se sente "linchado"
Do Diário do Grande ABC
23/07/2000 | 21:04
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"Eu me sinto como um cachorro morto e que está sendo espancado, linchado e chutado". O desabafo foi feito pelo coronel Sérgio da Cruz, ex-comandante geral da Polícia Militar, ao tomar conhecimento dos detalhes da açao civil pública proposta pelo Ministério Público para julgá-lo por improbidade administrativa. O coronel afirma que a mesma denúncia, que deu origem à açao _ o aluguel supostamente irregular de um imóvel na Praia do Forte, em Cabo Frio, para moradia do comandante do batalhao local -. já foi investigada e arquivada pela Auditoria Militar do Tribunal de Justiça, a pedido do Ministério Público.

Quanto às denúncias de enriquecimento ilícito, que o fizeram integrar a lista de 27 policiais civis e militares investigados pelo crime em inquérito civil público, Sérgio da Cruz, que está na reserva, afirmou jamais ter sido alvo dessa acusaçao. "O que poderao comprovar será o empobrecimento lícito. Há denúncias contra mim desde quando assumi o comando-geral da PM, em abril de 1999. Acho que feri interesses muito fortes. Eu sabia que era muito honroso comandar a polícia. Jamais achei que pudesse gerar tanta inveja e tanto ódio".

Sobre a casa alugada na Praia do Forte, na qual, segundo ele, ainda mora o atual comandante do 25º BPM (Cabo Frio), Sérgio da Cruz nao se espanta com o valor da locaçao, feita, segundo ele, com economias da PM, após tomada de preços, e nao com verbas de dotaçao orçamentária: "Um imóvel em Cabo Frio, um valorizado balneário, nao poderia ter o mesmo preço de outro em Itaperuna ou em Barra do Piraí. Tenho a consciência tranqüila de que apenas cumpri um ato administrativo ao autorizar o aluguel", disse.

De acordo com Sérgio da Cruz, quem determinou que o comandante de Cabo Frio morasse naquela cidade foi seu antecessor, coronel Dorasil Corval. O primeiro comandante de Cabo Frio a morar no apartamento cujo aluguel é de R$ 2.500 foi o tenente-coronel Gilson da Costa, compadre de Sérgio da Cruz e parceiro na açao civil. "Já éramos amigos antes de ele entrar na polícia e eu fui instrutor dele. Tentam me ligar a ele de uma forma negativa, mas acho que sentem é muita inveja", disse o coronel, que só depois de assumir a PM tornou-se alvo de Disque-Denúncia e de um relatório (segundo ele apócrifo) sobre o imóvel de Cabo Frio.




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