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Lojistas devem vender mais com trocas
Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
26/12/2008 | 07:03
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O período pós-Natal é considerado pelo varejo como uma excelente data para venda. Os lojistas aproveitam o fluxo de consumidores em busca da troca de produtos para oferecer artigos em promoção, principalmente quando a grade não está mais completa. Segundo comerciantes, já é esperado um grande número de pessoas que queiram substituir o produto, mas de quebra querem vender mais.

A troca já está incorporada no dia-a-dia dos comerciantes e, cada vez mais, os vendedores estão preparados para atender o consumidor, satisfazendo seu desejo com o intuito de vender mais.

Cristina Pereira da Silva, gerente da loja Copatex, do Mauá Plaza Shopping, afirma que a substituição é uma possibilidade de conquistar o cliente. "Muitos vêm em busca de troca, mas sempre acabam comprando algo a mais se são bem atendidos. Por isto, nosso lema é tratar bem sempre", afirma Cristina.

O dono da loja Chilli Beans, do ABC Plaza Shopping, Enio Ifurlani afirma que já é praxe da loja dar 15 dias de adaptação para seus clientes. Mas para isso, é preciso trazer a garantia mais o cupom fiscal. Segundo ele, se os óculos foram presente é preciso trazer a garantia pelo menos para que seja possível a identificação.

A troca na loja Authentic Feet, também do ABC Plaza Shopping, só é feita durante 15 dias mediante a apresentação da nota fiscal. Mas, se na hora de comprar o cliente disser que é presente, a caixa (do presente) receberá um carimbo para identificar que o produto foi comprado na loja.

Não obrigatório - Segundo Silmara Buzzo, técnica de defesa do consumidor do Procon-SP, a substituição de produtos sem vício (popularmente conhecido como defeito, que impede ou dificulta o consumo do produto ou diminui seu valor) não é prevista pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor). Conforme o artigo 18, a substituição não é obrigatória.

Mas com o interesse de ganhar clientes, muitos comerciantes aceitam por cortesia e para conquistar a simpatia e a fidelidade dos consumidores. Muitos lojistas acreditam que esta é uma ótima forma de cativar o cliente.

Silmara observa que é sempre bom o cliente se informar sobre as regras da troca, porque mudam de loja para loja, como exigência de nota fiscal, etiqueta afixada no produto ou prazo determinado. "É importante se atentar porque tem lojas que não trocam a mercadoria. Outro ponto para se ficar atento é quando o estabelecimento não oferece mais produtos com aquelas características, como cor e modelo. Nestes casos, a opção é substituir por um produto de maior ou menor valor", observa.

Silmara lembra que é bom deixar claro que se a troca foi oferecida pelo vendedor, conforme o artigo 30 do CDC, deve ser feita, porque "toda informação ou publicidade veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou ofertar", diz o CDC. Ou seja, se houve a menção do lojista ou de um funcionário quanto à possibilidade de troca, a oferta terá de ser concluída.

Silmara lembra que não é possível restringir os dias para a negociação. Se o produto foi vendido nos fins de semana ou à noite, o consumidor tem direito de pedir a troca nesses dias e horários. Outra dica que a técnica do Procon dá é exigir a possibilidade por escrito. "Peça com delicadeza porque depois que a venda foi concluída tudo pode mudar", comenta.

 




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