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Corinthians quer reaver dinheiro desviado
01/03/2008 | 07:18
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A diretoria do Corinthians já se movimenta para recuperar o dinheiro que foi desviado do clube pela antiga direção. O Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia à Justiça, na qual acusa de estelionato e formação de quadrilha o ex-presidente Alberto Dualib, o ex-vice Nesi Curi, o ex-vice financeiro Marcos Roberto Fernandes, o ex-vice de recursos humanos Daniel Espíndola e o empresário Juraci Benedito.

Segundo o MP, eles desviaram R$ 1.433.333 por meio de notas fiscais frias – que eram pagas, apesar de os serviços nunca terem sido prestados. O rombo, no entanto, pode superar R$ 5 milhões, segundo outro inquérito da Polícia Civil e o próprio MP.

Enquanto a Justiça não acata (ou rejeita a denúncia), o departamento jurídico do clube pensa numa maneira de recuperar o dinheiro. “O Corinthians é vítima, e vai tentar se habilitar como assistente da acusação”, explica o vice presidente jurídico, Sergio Alvarenga. “Queremos participar do processo, ajudar no que for preciso, assistir às audiências.”

O segundo passo será uma medida cautelar para que os bens de Dualib, Curi, Fernandes, Espíndola e Benedito sejam bloqueados. “Com isso vamos tentar assegurar que eles não possam se desfazer desses bens”, prossegue Alvarenga. “No mínimo, queremos que eles devolvam o R$ 1,4 milhão que o MP apurou.”

Uma vez conseguido o bloqueio dos bens, o Corinthians poderá tentar o ressarcimento desde que fiquem comprovadas as evidências de que houve participação deles nos desvios de dinheiro.

Colaboração - O fato de Dualib ter transferido a propriedade de seus bens para uma empresa no Uruguai não é considerado um problema. “Os bens estão aqui”, diz Alvarenga.

Segundo o atual presidente do clube, Andrés Sanchez, o rombo deixado pela antiga diretoria é incalculável. O promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro, um dos responsáveis pela denúncia apresentada à Justiça, repetiu várias vezes que a atual diretoria colaborou com a investigação. Uma das descobertas do MP foi de que Dualib instalou câmeras escondidas nos corredores do Parque São Jorge para vigiar o que acontecia em sua ausência.

A investigação do MP aponta ainda que a movimentação financeira dos acusados era muito maior do que a declarada à Receita Federal. O advogado de Dualib, José Luiz Toloza Costa, desqualificou as acusações.



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