Pane em avioes da Rio-Sul e TAM deixa em passageiros em vôos com destino a Goiânia apreensivos no Aeroporto de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O primeiro foi o vôo 154 da empresa Rio-Sul, que pousou na cidade, às 23 horas de sexta- feira, vindo de Sao Paulo com 44 passageiros. O Boeing 737-500 apresentou problemas no altímetro, impedindo voos noturnos. A empresa acomodou 32 passageiros em hotéis da cidade e outros 12 seguiram viagem através de ônibus.

Segundo a Rio-Sul, o novo embarque aconteceria apenas na manha de sábado, no vôo 538 da TAM, que saiu de Sao Paulo às 6h40. Em Uberlândia, uma hora e meia depois, novo susto. Um superaquecimento dos sistema hidráulico do Fokker-100 travou os freios, impedindo a nova decolagem. Os passageiros, inclusive os da TAM, desembarcaram novamente e conseguiram seguir viagem, sem problemas, apenas às 11 horas deste sábado. Desprezo - Os 44 passageiros da Rio-Sul ficaram até as duas horas da madrugada de sábado no Aeroporto de Uberlândia, esperando uma definiçao para onde poderiam ir. Reclamaram do desprezo e falta de profissionalismo dos funcionários da empresa e do aeroporto. "Eles fecharam tudo, da lanchonete à banca de revistas, e ficamos até sem água", reclamou Versonil José de Paula. Segundo ele, a Rio-Sul nao deu qualquer informaçao. Revoltado também estava o médico Isaac Abreu, que na sexta-feira perdeu sua festa de formatura que estava acontecendo em Goiânia. "Agora é só participar do baile", lamentou.

Os passageiros reclamaram também do tratamento dado a um menor desacompanhado que estava no vôo. Sem querer se identificar, um passageiro informou que o menor foi encaminhado ao hotel em Uberlândia, já de madrugada, em um táxi e sem acompanhante da empresa.

Já a passageira Janine Capanari denunciou que somente conseguiu embarcar após ligar para a central de reclamaçoes da empresa e se identificar como jornalista. "Em dez minutos o funcionário Cristiano Ferreira de Carvalho me entregou, escondido dos outros passageiros, o cartao de embarque", comentou. Tanto a Rio-Sul como a TAM, nao deram explicaçoes sobre o caso.