Este foi o maior protesto contra o presidente filipino desde que assumiu o poder em junho do ano passado.
A polícia fechou o distrito financeiro de Makati ao tráfego ante a afluência em massa para ouvir Aquino e os líderes religiosos que se opoem à intençao de Estrada de reformar a Constituiçao e, com isto, à supressao da liberdade de imprensa, contribuindo para o ressurgimento dos herdeiros do ditador Ferdinand Marcos.
Sob chuva intensa, deputados, empresários, sacerdotes e freiras se concentraram ante a Bolsa das Filipinas para ouvir Aquino dizer que os velhos cupinchas de Marcos sao agora conselheiros de Estrada e estao tentando ``recuperar tudo o que roubaram'.
A ex-presidenta, no entanto, nao acusou diretamente Estrada de fazer algo mau, embora no discurso, interrompido com freqüência por aplausos, advertiu que ``a camarilha de Marcos' conquistou a confiança de Estrada e apóia sua intençao de reformar a Constituiçao.
O prelado da Igreja Católica, Jaime Sin, levantou-se contra a ``corrupçao' da administraçao Estrada e advertiu de que isto levará o país à ruína econômica.
O arcebispo de Manila pretende usar a influência da Igreja para bloquear as mudanças constitucionais propostas por Estrada.
A 5,5 km de Makati, cerca de 600.000 almas, segundo o superintendente de polícia de Manila, Edgardo Aglipay, se concentraram no Rizal Park, para celebrar o 60 aniversário do pastor evangélico Mariano ``Mike' Velardo, conselheiro espiritual de Estrada, atraídos pela comida gratuita distribuída.
O líder do grupo El Shaddai se transformou no maior incentivador dos projetos de reforma.
Estrada, em entrevista à rádio, queixou-se de que os seguidores de Aquino estejam deteriorando a imagem internacional do país ao mostrar ao mundo ``muita desordem'.
O grupo El Shaddai cantou hinos religiosos limitando-se a soltar baloes de gás com os seus pedidos a Deus enviados por escrito. Estrada quer reformar a Constituiçao para eliminar as limitaçoes aos investimentos estrangeiros, vistas pelos detratores como uma parte de seu projeto de reforçar-se no poder.
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