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Pólo de Sertãozinho recebe empresas até fim deste ano
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
25/09/2003 | 22:11
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Área disponível a um custo acessível, proximidade com grandes fornecedores e perspectivas de novas vias de acesso para outras regiões – extensão da avenida Jacu-Pêssego e o Rodoanel – são alguns dos fatores que têm levado à chegada de um considerável número de indústrias a Mauá, a maior parte delas para o Pólo de Sertãozinho. Além das novas empresas, há outras instaladas há algum tempo que fazem investimentos para expandir suas atividades no município.

Levantamento feito pela Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico e Social contabiliza pelo menos 12 novas empresas, que inauguraram recentemente ou que vão iniciar operações até o fim do ano. Além disso, a Bandeirante Química e a Tintas Real, por exemplo, estão ampliando suas instalações. Pelos contatos com as companhias, a administração municipal apontou um montante de cerca de R$ 50 milhões em investimentos em ampliação ou instalação e a geração de 580 postos de trabalho direto e outros 1 mil indiretos. Entre as que montaram atividades e já estão operando estão a Injeplastec e a Intercontinental Alimentos, e, das prestes a iniciar, a EMZ Trek, a Squadroni e a Duren.

A Injeplastec Indústria e Comércio de Brinquedos se transferiu em julho do bairro da Vila Califórnia, em São Paulo, para o pólo industrial do Sertãozinho, passando de uma área de 600 m² para outra de 5,5 mil m². Segundo a gerente, Luciane Perin, o custo do metro quadrado (R$ 65) no pólo, bem menor do que os R$ 250 de onde estava antes, pesou na decisão.

“Já estávamos precisando ampliar e fomos consultar os preços”, disse a gerente. Ela citou ainda que havia a necessidade de ter uma cabine primária de energia para aumentar a produção e no antigo imóvel não havia condições de fazê-lo. Ela não divulgou valores, mas afirmou que, com a mudança, houve mais 12 contratações, que reforçaram a equipe, antes com 26 funcionários.

A Bandeirante Química já tem operações em Capuava há mais de 20 anos, em área de 20 mil m², e recentemente comprou um terreno vizinho, que permitiu passar a ter 70 mil m² no local. O diretor administrativo financeiro, Mario Bazzali, afirmou que o espaço já estava exíguo, e como a companhia possuía dois imóveis alugados – um em Santo André e outro em Mauá – a intenção também foi investir para reduzir no longo prazo os custos com locações.

A distribuidora de produtos químicos, que registrou faturamento de R$ 260 milhões em 2002, investiu R$ 12 milhões na expansão e ao longo deste ano passou de 80 para 140 funcionários em Capuava. Para Bazzali, a localização, perto do pólo petroquímico, é uma “posição estratégica” em relação aos fornecedores de matérias-primas.

Procura – O secretário municipal de Desenvolvimento, Paulo Sérgio Suares, afirmou que as modificações no zoneamento industrial, há alguns anos, o fato de haver áreas disponíveis e os preços atrativos do terreno contribuem para que receba toda semana de seis a sete consultas de empresários em busca de espaço. Ele disse ainda que a cidade deverá contar em breve com cerca de 30 novos galpões industriais para locação, boa parte deles em Sertãozinho, que também devem favorecer a chegada de mais indústrias.




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