O PT de Diadema realiza na segunda-feira a primeira tentativa de colocar fim ao processo de prévia para a disputa eleitoral de outubro, quando o partido tentará retomar o comando do Paço, hoje nas mãos do rival Lauro Michels (PV). O partido, liderado pelos ex-prefeitos José de Filippi Júnior e Mário Reali, se reúne com os pré-postulantes ao posto de representante majoritário, a fim de colocar fim na disputa interna. Concorrem à vaga os vereadores José Antônio da Silva, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, e o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.

O encontro ocorrerá às 19h, na sede da agremiação, localizada no bairro de Piraporinha. Foi estabelecido que cada postulante leve três integrantes de seu grupo de apoio.

Conforme apuração do Diário, a pauta será exclusivamente para tratar da sucessão municipal. Cada pré-candidato irá defender seu legado, a fim de aprofundar a discussão. Filippi e Reali objetivam extrair a possibilidade de desistência de um deles.

Até o momento, Zé Antônio, Maninho e Vicentinho defendem que eventual recuo somente será colocado com a entrada de Filippi na concorrência. O ex-prefeito tem refutado a possibilidade desde o ano passado, quando foi desligado pelo chefe do Executivo da Capital, Fernando Haddad (PT), do comando da Secretaria de Saúde de São Paulo, sob o argumento de projeto eleitoral em Diadema.

Zé Antônio tem defendido seu recall eleitoral de candidato a deputado estadual de 2014, quando conquistou 21.810 votos em Diadema, Não foi eleito. Além disso, destacou sua experiência como secretário de Educação, justamente na gestão Filippi entre 2005 e 2008. Maninho, que está no quinto mandato na Câmara, ostenta atuação de presidente do Legislativo por quatro vezes, além do apoio de toda a bancada petista e de ex-secretários do petismo, como Osvaldo Misso e Airton Germano. Vicentinho conta com a adesão da ala de esquerda no partido, ligada a movimentos sindicais, além de sua experiência de quatro mandatos parlamentar, em Brasília.

A empreitada com Filippi era vontade também da cúpula estadual. O presidente do PT paulista, Emidio de Souza, chegou a defender publicamente a indicação do ex-prefeito a candidatura diademense, alegando que “só dependia dele”. Filippi tem argumentado que irá priorizar projetos pessoais, embora seu nome tenha sido evidenciado na Operação Lava Jato, que apura desvio de verba na Petrobras para abastecer campanhas eleitorais. O ex-prefeito foi tesoureiro nas campanhas presidenciais do PT de 2006 e 2010, com Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, respectivamente.