O Moinho Santo André voltou a operar nesta quinta-feira. Após a Justiça ter declarado a falência da empresa por uma dívida de R$ 65 mil, os proprietários da fábrica de farinha recorreram da decisão e conseguiram retomar as atividades.

“Entramos com uma medida judicial para cancelar o processo de falência. Não era caso para isso”, afirma um dos sócios da empresa, Maturino Neto.

O proprietário confirma que a dívida de R$ 65 mil existe, assim como outras, mas a empresa está em negociação quanto aos débitos pendentes.

“Nesse caso, que virou pedido de falência, fizemos várias propostas para parcelar a dívida. Mas não foram aceitas, pois nem toda empresa quer fazer acordo e prefere a falência”, lamenta Maturino.

O moinho emprega mais de 100 trabalhadores na região e passa por dificuldades financeiras desde 2004, quando o sócio Banco Rural quase quebrou.

Segundo Maturino, na época, a empresa precisou demitir cerca de 400 trabalhadores por conta das dívidas herdadas na gestão do banco.

“Hoje, estamos saldando primeiro as dívidas trabalhistas que ficaram na última demissão. Os fornecedores sabem disso e que estamos trabalhado para pagar essas dívidas”, assegura o sócio.

O Moinho Santo André voltou a operar no ano passado para outra empresa, funcionando com um contrato de terceirização de serviço. Atualmente, a empresa já retomou a produção para a marca própria.

Sindicato - Segundo a entidade que representa os trabalhadores, o moinho está quitando as dívidas trabalhistas assumidas com a quebra do Banco Rural e também realiza os pagamentos dos salários em dia.

O moinho também foi prejudicado com as chuvas que castigaram o Grande ABC na última semana, que estragou parte do estoque de trigo e maquinário da empresa.