Na primeira etapa do programa no Grande ABC, foram capacitados 992 jovens, dos quais apenas 321 foram inseridos no mercado de trabalho. De acordo com o coordenador do Consórcio Social da Juventude do Grande ABC, Luiz Augusto Gonçalves de Almeida, o índice é satisfatório. “A meta era empregar 40% dos jovens e chegamos quase lá. Foram 321 pessoas empregadas, o que corresponde a cerca de 35% dos jovens qualificados”, afirma. Para a segunda etapa, o objetivo é inserir 800 jovens no mercado, o que também corresponde a 40% dos jovens selecionados para o programa.
O Consórcio Social da Juventude é responsável por um dos “braços” do programa na região. O consórcio é voltado para qualificação e formação dos jovens e responsável pela coordenação dos cursos e oficinas. A colocação direta do jovem no mercado de trabalho, outra frente do Primeiro Emprego, é feita pelos postos do Sine (Sistema Nacional do Emprego). As empresas que empregam os jovens participantes recebem um subsídio do governo federal.
Os jovens selecionados recebem uma bolsa de R$ 150 por quatro meses. “A bolsa é necessária para dar condições para que a pessoa abandone as antigas atividades para participar das aulas. Muitas vezes, o jovem sustenta a família com o dinheiro”, acredita Almeida.
Os cursos são voltados para ética e cidadania, saúde, empreendedorismo, inclusão digital e atividades profissionais como telemarketing, estética e beleza, organização de eventos e cozinha. São de 400 a 600 horas de aulas, em cursos com duração de até seis meses.
Segundo o coordenador do Consórcio Social da Juventude do Grande ABC, muitos jovens inscritos não querem ou não precisam participar dos cursos e oficinas. “Se a pessoa já está qualificada, ela nem sempre quer fazer a capacitação e já pode ser encaminhada ao mercado de trabalho”, diz.
Devido ao acordo firmado entre o Ministério do Trabalho e o Mc Donald’s, que irá empregar 500 jovens do Grande ABC, será oferecido um curso específico para a empresa na segunda fase do programa. O Mc Donald’s já empregou 120 jovens da região que participaram dos cursos no primeiro semestre e 80 estão em processo de seleção. Em 2005, serão 300 vagas destinadas ao programa na região.
O curso será ministrado pela Fundação Florestan Fernandes, de Diadema, que deverá oferecer 100 vagas para aulas de Segurança Alimentar, com objetivo de qualificar os jovens a trabalhar na rede. O alunos irão estudar manipulação e armazenamento de alimentos, higiene, Código de Defesa do Consumidor, aspectos ligados a redes fast food, atendimento ao cliente e operação de caixa.
A Fundação prevê a realização de atividades integradas, como palestras, com o próprio Mc Donald’s e diversas empresas da área de alimentação. O curso também qualifica os jovens a trabalhar em outras empresas do setor, como a Nestlé, que já fechou acordo com o governo federal para empregar 2 mil participantes do programa em todo o país nos próximos dois anos. A instituição irá oferecer mais 125 vagas em outros cursos e oficinas.
De acordo com Almeida, os cursos de Segurança Alimentar foram elaborados para atender a demanda da região. “O Mc Donald’s vai absorver parte significativa dos 2 mil jovens que participarão dos cursos. Por isso, temos de preparar os alunos para trabalhar na empresa. Não podemos esquecer também da Nestlé, que é outra empresa com participação importante no programa”, diz.
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